Segundo a BBC, a Federação Escocesa de Futebol (SFA) planeia anunciar essa proibição já em janeiro.
A Escócia será pioneira na Europa a implementar amedida, depois de os Estados Unidos terem feito o mesmo em 2015, após os escândalos de ex-desportistas profissionais com sinais de demência, principalmente no futebol americano.
Em outubro, um estudo da Universidade de Glasgow, conduzido por ex-jogadores de futebol escoceses, mostrou que estes desportistas eram 3,5 vezes mais propensos a morrer de uma doença neurodegenerativa do que a média da população.
"Há perguntas sobre o limite de idade, que segundo a especulação seria de 12 anos", duvida Peter McCabe, presidente da Associação Progresso, que luta contra as doenças neurodegenerativas.
"É absolutamente necessário fazer pesquisas para saber quais são os riscos", acrescenta.
Estudo
Os registos médicos de 7.676 jogadores entre 1900 e 1976 na Escócia foram comparados com os de 23.000 pessoas de uma amostra geral da população nesse estudo realizado pelo médico Willie Stewart, da Universidade de Glasgow.
No estudo conclui-se que há "cinco vezes mais risco de desenvolver Alzheimer, quatro vezes mais para uma doença do neurónio motor e duas vezes mais para Parkinson no caso de um ex-jogador de futebol profissional que na população em geral", aponta o relatório.
Por outro lado, ex-atletas correm menos riscos de morrer de outras doenças comuns, como problemas cardíacos ou alguns tipos de cancro, como o de pulmão.
O estudo destaca, assim, uma menor mortalidade de ex-jogadores de futebol antes dos 70 anos, mas maior acima dessa idade.
"Embora se devam realizar esforços para identificar os fatores que contribuem para esse risco maior de doença neurodegenerativa e para reduzi-los, há também potenciais benefícios mais amplos ligados à prática do futebol que devem ser levados em conta", estima Stewart.
"O estudo não determina se são os choques sofridos pelos jogadores profissionais, a gestão das concussões, o jogo de cabeça, o estilo de jogo (...) ou o modo de vida pessoal dos jogadores ou outros fatores" que estão na origem dessa divergência estatística, indica a Federação Inglesa, impulsora do estudo, em comunicado.
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