Uma pessoa que faz sexo com um robô sexual está a trair o parceiro? Os autores de um estudo internacional fizeram esta pergunta a 432 voluntários, distribuídos por dois grupos, um com 260 pessoas e outro com 172. Em ambos os casos, a maioria é da opinião que sim. A notícia é avançada pela New Scientist, uma publicação especializada em ciência e tecnologia, que aponta ainda outro dado curioso no relatório da investigação.

Segundo o inquérito, levado a cabo por um grupo de especialistas da Universidade de Helsínquia, na Finlândia, uma grande percentagem considera que ter relações sexuais com bonecas sexuais providas de inteligência artificial dotadas de mecanismos que lhes permitem trocar mensagens escritas com os utilizadores, como as que têm vindo a ser apresentadas em diferentes partes do mundo, é moralmente aceitável... numa situação!

No caso dos homens solteiros, os inquiridos não veem qualquer problema, ao contrário do que sucede com os homens casados e com as mulheres. A apresentação oficial do estudo integrava a programação do 4th International Congress on Love and Sex with Robots, agendado para os dias 13 a 15 de dezembro de 2018 em Missoula, nos EUA, mas "por razões de força maior" o congresso foi entretanto cancelado pela organização.

Nos dias que correm, a possibilidade deixou de ser uma miragem. Várias empresas, como a RealDoll, desenvolveram soluções alternativas ao coito tradicional, que alguns já procuram. Os teledildonics e a realidade virtual vão mudar a forma como fazemos sexo? Muitos especialistas, nacionais e internacionais, estão convencidos que sim. Se estas práticas ainda não o tentam, pode, contudo, continuar a recorrer às tradicionais.