Mama penduladas ou de grande volume são um contributo importante para sintomas diversos, do foro osteoarticular, cutâneo e neurológico: cervicalgias e dorsalgias (dor na coluna), intertrigo da região submamária (pele avermelhada, macerada e por vezes infeção fúngica associada), prega do sutiã muito vincada e uma incidência aumentada de síndrome do canal cárpico.
A limitação na prática de exercício físico, constrangimento social e dificuldade na escolha de indumentárias são outros aspetos de relevo, descritos por estas doentes.
A causa da hipertrofia mamária ainda está por esclarecer, mas estará relacionada com fatores hormonas e com a interação das hormonas femininas com o tecido mamário.
A gigantomastia é uma forma extrema de hipertrofia mamária e define-se com base no peso da peça de ressecção do parênquima mamário, sendo o limite mínimo os 1800 gramas por mama.
Geralmente tem início na adolescência e o aumento mamário é independente do peso corporal. As doentes são altamente sintomáticas e a intervenção cirúrgica é mandatória, uma vez que a involução espontânea é rara.
A recorrência após intervenção cirúrgica pode ocorrer e obrigar a re-intervenções futuras.
Existem diferentes técnicas de redução mamária que se selecionam com base na indicação clínica (características da paciente) e experiência/preferência do cirurgião.
Em regra, o que mais preocupa as pacientes são as cicatrizes, e nesse aspeto, tem havido uma evolução francamente positiva, com utilização cada vez frequente da técnica vertical (cicatriz em torno da areola e com um prolongamento vertical em direção ao polo inferior da mama).
As explicações são da médica Ana Silva Guerra, especialista em Cirurgia Plástica e Reconstrutiva.
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