O volume mamário ectrópio, ou seja, fora da sua localização normal é frequentemente confundido com um lipoma ou uma linfadenomegália (um gânglio linfático aumentado).
Na população, a incidência desta patologia oscila entre 1 e 5%.
A região corporal mais frequentemente afetada é a axila, o que causa importantes limitações, quer pelo desconforto que um volume adicional causa na mobilização dos braços, pela hipersensibilidade mamária habitual associada às alterações hormonais que também se faz sentir na mama acessória, quer pelas limitações sociais, profissionais e pessoais (auto-imagem).
Os sintomas habituais associados a estas focos de tecido mamário acessório são a dor, o “inchaço”, principalmente com o período menstrual, e, se a mulher engravidar e der seguimento à amamentação, pode ocorrer mesmo a secreção de leite, caso haja também um mamilo formado.
Que preocupações devemos ter perante uma mama acessória?
É importante saber que doenças benignas e malignas da mama também podem afetar este tecido. No âmbito da patologia benigna, o fibroadenoma surge com mais frequência e afeta geralmente a mama acessória axilar.
O carcinoma da mama acessória corresponde a 0,3 a 0,6% de todos os tumores da mama e também predomina na região axilar.
O tecido mamário acessório está presente desde o nascimento, mas com frequência só é diagnosticado após a puberdade, gravidez ou amamentação, quando surgem os primeiros sinais ou sintomas.
Recomenda-se a remoção deste tecido (excisão cirúrgica com ou sem lipoaspiração).
O desenvolvimento mamário deve estar completo e volume mamário final deve ter sido atingido pois a excisão mais precoce pode comprometer o resultado final.
As recomendações são da médica e cirurgiã plástica Ana Silva Guerra.
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