"O hospital Bretonneau em Paris informou-me sobre o falecimento dele durante a manhã", disse fonte próxima a Montana, que preferiu não revelar a sua identidade.
Montana entrou para a cena da moda nos anos 70 e teve os seus anos dourados na década seguinte.
Figura conhecida na vida noturna parisiense, fundou a sua própria marca em 1979 e, anos depois, recusou a oferta da Dior para se tornar no seu diretor artístico, responsável tanto pela alta-costura quanto pelo prêt-à-porter.
Optou, em vez disso, pela Lanvin, que procurava revitalizar as suas coleções.
Na época, a Lanvin celebrava o seu centenário. Após ingressar na respeitável marca de moda, Montana recebeu dois "Dedal de Ouro" consecutivos, a mais alta distinção da alta-costura francesa.
Apesar de ser um homem discreto, os seus desfiles eram "grandes espetáculos", quase teatrais, segundo o colega Christian Lacroix.
Montana enfrentou problemas de saúde e, em 2008, foi agredido na sua casa por um ex-dançarino de discoteca, que havia conhecido numa noite.
O ataque deixou sequelas graves e Montana precisou lidar com um processo judicial sórdido, pois o agressor acusava-o de o ter contaminado com hepatite B.
Montana regressou esporadicamente à moda, mesmo fora de destaque.
"Sim, sinto falta da moda... terrivelmente", confessou em 2016 à revista Gala. "Agora sou um veterano. Fui esquecido".
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