“Em 27 das 28 profissões questionadas, a maioria dos jovens responde que ambos devem exercer essa profissão. A exceção é para profissional de maquilhagem em que 54% dos/as jovens que responderam ao nosso questionário mencionam que esta é uma profissão que só as mulheres deveriam exercer”, lê-se no relatório do estudo sobre género e escolhas profissionais e vocacionais, promovido pela organização, em colaboração com o Centro Interdisciplinar de Estudos de Género (CIEG) do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa (ISCSP- ULisboa).
Os resultados do Estudo sobre Estereótipos presentes nas Escolhas Vocacionais e Profissionais revelam também que 44% dos inquiridos considera que militar é uma profissão que só deve ser exercida por homens.
No momento de escolherem uma profissão, os jovens atribuem “uma maior importância às oportunidades de emprego e ao salário esperado”.
Ainda no que diz respeito às profissões, 47% do total de jovens considera que florista é uma profissão que só as mulheres deveriam exercer. Pelo contrário, 44% do total considera que militar e mecânico são profissões que só os homens deveriam exercer.
O estudo foi desenvolvido através da aplicação de um questionário sobre escolhas vocacionais e profissionais junto jovens de quatro regiões: Porto, Lisboa, Viseu e Évora.
A equipa de investigação atuou em contexto escolar, junto de jovens do 7º ano ao 9 º de escolaridade, com uma média de idades de 14 anos. No total, participaram neste estudo 917 alunos (51% do género feminino, 49% do género masculino e três jovens não identifica o seu género, ou identifica-o como género não binário).
Os participantes foram igualmente questionados sobre 20 características da personalidade e a quem pertenciam: se a ambos; se só a mulheres ou se só a homens. “Para 18 das 20 características questionadas, a resposta da maioria foi que “Ambos” poderiam ter essas características. As duas exceções são relativas à organização, em que 53% dos/as jovens considera que esta é uma característica exclusivamente de mulheres e a agressividade, em que 60% dos/a jovens considera que é uma característica exclusivamente de homens”, de acordo com as conclusões enviadas à agência Lusa.
A UMAR ressalva que o trabalho tem “caráter exploratório” e que e os resultados apresentados não devem ser considerados como representativos a nível nacional.
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