“Independentemente do valor que possamos dar a este tipo de listas, que são sempre muito relativas, não deixa de ser algo muito positivo, porque significa que o nosso trabalho é valorizado pela indústria. Quem vota são gastrónomos, críticos, chefs e só o facto de estar nomeado significa que respeitam o teu trabalho. E isso é sempre um motivo de orgulho”, assume Sá Pessoa, à frente da cozinha do restaurante Alma (Lisboa), com duas estrelas Michelin.

Apesar de esta ser uma distinção atribuída a título individual, Henrique Sá Pessoa reforça a importância dos que consigo trabalham diariamente. “Sempre que falo de mim, falo da minha equipa, porque não somos nada sem a estrutura que temos por trás”, reforça. O chef já havia sido nomeado em 2020, ainda que não tenha integrado o lote final dos 100 melhores chefs do mundo.

Sob o mote “Back to ‘Live’, Back to Reality”, a edição de 2021 dos The Best Chef Awards tem um novo método de divulgação, revelando diariamente nas suas redes sociais o nome dos novos candidatos que se juntam aos cem nomes eleitos na edição de 2020 na corrida pelo título de melhor chefe do ano.

Alma é o restaurante português mais bem classificado em tabela internacional
Alma é o restaurante português mais bem classificado em tabela internacional créditos: Amuse Bouche

“Num ano atípico como este, é bom termos estas lufadas de ar fresco que nos dão alento e energia para o que vem aí. A minha carreira nunca foi motivada pelo reconhecimento, mas sim em fazer aquilo que me faz feliz. Se pelo caminho estes objetivos se cruzam, perfeito”, conclui Henrique Sá Pessoa.

Recorde-se que já antes, como aqui demos nota, também Ricardo Costa, chefe de cozinha do The Yeatman Hotel, em Gaia (duas estrelas Michelin), havia sido nomeado para os mesmos prémios.

O evento da quinta edição dos The Best Chef Awards, onde se conhecerá a lista dos cem melhores chefs do ano de 2021, terá este ano lugar em Amesterdão, com data prevista para os dias 13, 14 e 15 de setembro.

Sá Pessoa descobriu o gosto pela culinária num projeto de intercâmbio nos Estados Unidos. Viveu e trabalhou em Londres e, em Sidney, e dirige atualmente vários restaurantes, dos quais se destaca o Alma (duas estrelas Michelin). Já viajou por todo o mundo, mas admite que o prato mais estranho que comeu foram patas de galinha cozidas, na China. Se pudesse cozinhar para qualquer pessoa, escolhia Marco Pierre White, chefe de cozinha de renome e um dos seus maiores ídolos. Sendo a culinária a sua paixão, há três ingredientes que nunca faltam na sua cozinha: azeite, atum e legumes.