
Em Lisboa, há lugares secretos que parecem saídos de um livro. A Casa do Lago, no coração dos jardins do Pestana Palace, no Alto de Santo Amaro, acima de Alcântara, é um desses casos. Romântica, quase escondida, rodeada de patos, nenúfares e um lago que parece ter parado no tempo, oferece uma daquelas atmosferas raras na cidade, onde a pressa e o ruído de uma outra Lisboa ficam à porta.
Este verão, o cenário ganhou um novo protagonista: até ao fim de setembro, este refúgio recebe um pop-up do Soi, restaurante de street food asiática no Cais do Sodré, que aqui se apresenta numa versão mais descontraída, mas sem perder a energia e a irreverência que o tornaram conhecido.
É fácil render-se ao ambiente: mesas no exterior, à sombra, ou no interior envidraçado com vista para o jardim, decoração assinada por Jaime Morais a manter o toque sofisticado do espaço, agora pontuado com detalhes que remetem para a Ásia urbana.
Rodeada por um jardim romântico do final do século XIX, a antiga casa de chá em estilo Pavilhão Chinês, mandada erguer pelo Marquês de Valle Flôr, serviu durante décadas como espaço reservado a eventos especiais do hotel.
É neste cenário carregado de história que o chef Maurício Vale instala agora o Casa do Lago by Soi, trazendo a energia cosmopolita e os sabores intensos que fizeram do restaurante do Cais do Sodré uma referência na cozinha de rua asiática em Lisboa.
Somos recebidos por Douglas, o responsável por nos ajudar a explorar o menu e a perceber a lógica por detrás da carta. Com um discurso entusiástico, explica que a proposta mantém a identidade do Soi original, mas foi adaptada à descontração e ao enquadramento especial da Casa do Lago. “A ideia é criar uma experiência que se sinta tanto como um prolongamento do Soi como algo próprio, pensado para este jardim”, diz-nos enquanto sugere os primeiros pratos.
O Casa do Lago by Soi funciona todos os dias, das 12h às 23h, adaptando-se ao ritmo das horas. Ao almoço, privilegiam-se pratos leves e frescos — entradas, baos, sanduíches e saladas — ideais para quem quer uma refeição rápida, mas cuidada. Ao jantar, a proposta torna-se mais rica e elaborada, com pratos pensados para partilhar e saborear devagar.

O que comer?
O menu combina clássicos do Soi com algumas criações especiais para este pop-up. Nas entradas, há spring rolls (8,50€) com vegetais salteados e sweet chilli de abacaxi, chicken skewers (18,50€) com molho satay e smoky fingers (17€), crocantes de pastrami e bochecha de bovino.
Os baos, servidos à unidade, são variados: do caramelized duck (12€) ao shrimp bao (11€) com camarão frito, passando pelo bao brisket BBQ (12€) ou pelo inesperado bao pakora (9,50€).
Entre os pratos que mais chamam a atenção estão os pastrami greens tacos (20€), montados pelo cliente à mesa, o smash pastrami burger (25€), com queijo scarmoza fumado e cebola caramelizada ou as saladas frescas como a crispy thai salad (19€), com papaia verde, fruta exótica e molho de tamarindo e lima.
Para quem prefere pratos quentes e com especiarias, a carta de jantar é mais ousada: polvo massala (28€) com arroz tailandês, kung pau beef (25€) com lichia e chili fermentado, o vibrante tom yum goong (25€) ou o exuberante panang curry & lobster (70€), com lagosta grelhada e coco. Há ainda o massaman lamb dream (65€, para duas pessoas), uma perna de cordeiro de leite que chega à mesa a pedir partilha.
O fecho pode ser com fruta exótica laminada (9,50€), mousse de chocolate (9,50€), gelado tailandês (9,50€) ou o já icónico Soi Loco (9,50€), que mistura crumble, gelado de yuzu e coco, merengue de kaffir e toblerone.
Às sextas e sábados, a experiência ganha outro ritmo com sunsets ao som de DJ, que começam ao final da tarde e se estendem pelo início da noite. O ambiente muda, mais vibrante, perfeito para quem quer jantar com música e energia, ou mesmo para apreciar uma bebida num fim de dia de verão.
Bruno Ribeiro, diretor do Pestana Palace, sublinha que esta parceria foi pensada para responder tanto a clientes externos como para os hóspedes, uma vez que “o cliente do hotel também precisava disto, porque apesar de estarmos perto do centro de Lisboa, estamos longe”. A parceria com o grupo Sushi Café, detentor do Soi, arrancou a 1 de junho e parece ser o casamento perfeito para revitalizar um dos espaços mais icónicos do hotel que foi durante um tempo, a casa de Madonna em Lisboa.
“Este é o tipo de proposta que queremos manter e reforçar”, garante, uma vez que “em equipa que ganha, não se mexe”, conclui.
Com cerca de 80 lugares, entre interior e exterior, e estacionamento gratuito para clientes — um luxo raro em Lisboa —, o Casa do Lago by Soi é, este verão, um convite para descobrir um lado mais calmo da cidade e, ao mesmo tempo, viajar pela Ásia em pratos cheios de cor, textura e, acrescentamos, sabor.
O SAPO Lifestyle esteve na Casa do Lago by Soi a convite.
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