Já há algum tempo que o chef se vinha posicionando como uma referência na cena gastronómica portuguesa, e com mais de dez anos de experiência como chef patron, João Sá nunca fez segredo das suas ambições de estar entre os melhores.

“É impossível não estar emocionado com este reconhecimento. Foi suado, foi desejado. E foi divertido também. Quando o desafio foi lançado à equipa, acordámos que não haveria outra forma de o fazer. Ultrapassamos os nossos limites diariamente, mas sempre com um espírito incrível. Sabe bem sentir que estamos no caminho certo, que tem valido a pena. Só nos dá mais força para querer ir mais além, ainda há muito para conquistar no horizonte. Obrigada à minha equipa, estamos mesmo de parabéns”, disse, pleno de orgulho, João Sá.

“Se um chefe pega na cozinha tradicional portuguesa, hoje blindada, está lixado” – Chefe de cozinha João Sá
“Se um chefe pega na cozinha tradicional portuguesa, hoje blindada, está lixado” – Chefe de cozinha João Sá
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Se a idade ainda permite considerá-lo jovem, a verdade é que o seu percurso como cozinheiro já é bem maduro. Aos 12 anos João Sá já metia a mão na massa e dava os primeiros passos com iniciativas gastronómicas na escola, para logo depois, aos 14, assumir um compromisso com a sua vocação ao ingressar na Escola de Hotelaria do Estoril. Passou pelo 100 maneiras de Ljubomir Stanisic e pelo Sheraton Porto sob supervisão do chef Jerónimo Ferreira, mas em 2009 estreou-se a solo no G Spot, onde verdadeiramente percebeu que o céu é o limite quanto à criatividade. Em 2019 abre o SÁLA, com uma visão claríssima de quem é enquanto chef de cozinha, e de que agora o desafio diário  seria mais do que tudo, a consistência.

Apaixonado por Lisboa, as suas origens são multiculturais, com raízes diversas, e é isso que João Sá transporta para a sua cozinha onde se serve essencialmente peixe e marisco da nossa costa.

A cerimónia, que teve lugar no Now Salgados Palace & Congress Center em Albufeira, no Algarve, teve o patrocínio do Turismo de Portugal e é um marco na história da gastronomia portuguesa. Com uma edição própria, atualizada anualmente, o Guia vermelho é também um estímulo e um desafio aos restaurantes nacionais.

Portugal conta agora com oito restaurantes com duas estrelas e 31 restaurantes com uma estrela. As três estrelas ainda ficam por conquistar em território português.