Porto Niepoort, num Vintage 2017 de boa guarda
Em 2017, antes de vindimar, Dirk Niepoort prometia estar perante um ano de exceção. O ano fora invulgarmente quente, com reduzida precipitação, mas a vindima não tivera temperaturas tão elevadas como de costume, e as noites frias ajudaram a todo o processo.
Partindo destes elementos, o produtor duriense concentrou-se especialmente nos vinhos do Porto. Quando provou pela primeira vez os vinhos que viriam a constituir o Vintage 2017, percebeu que tinha em mãos um néctar muito especial. Na sua opinião, “o melhor Vintage da casa Niepoort” que já provara. Dirk Niepoort, quinta geração desta família holandesa a habitar o vale do Douro desde 1842, vai mais longe: “É o vinho do Porto mais próximo da perfeição que já bebi”.
Criado a partir de vinhas velhas, com idades entre os 60 e os cem anos, no Cima Corgo, o Vintage 2017 é constituído por uvas de vinhas co-plantadas, pisadas a pé, em lagares de granito, com 100% de engaço. Esta crença na mistura de castas, como eram plantadas as videiras antigamente, é uma das apostas de longa data de Dirk Niepoort.
O vinho ficou a envelhecer em tonéis no Douro, durante o inverno, e foi depois movido para as adegas em Vila Nova de Gaia, em março de 2018. No fundo, passou dois anos em tonéis velhos.
O resultado, em termos de bouquet, é um nariz tímido, austero e explosivo, que depois se mostra com concentração, potência, taninos marcantes, mas camuflados. É um vinho fresco, com um final de boca ousado, seco e longo. Um néctar com grande potencial de guarda.
Um vinho que chega ao consumidor a 25 de julho, com o preço indicativo de 90,00 euros.
Quinta de La Rosa e o seu Porto declarado Vintage 2017
O Quinta de La Rosa Porto 2017 chega ao mercado com uma declaração de Vintage, anunciada por parte da propriedade vitivinícola homónima situada a dois passos do Pinhão, em pleno Douro Vinhateiro. De acordo com a dupla Sophia Bergqvist e Jorge Moreira – proprietária e enólogo, respetivamente, "o Vintage 2017 está prontíssimo a rivalizar com a colheita de 2011".
As condições climatéricas extraordinárias do Verão de 2017 e a absorção do calor feita pelas uvas que as tornaram deliciosas e perfumadas são as particularidades apontadas para o lançamento desta referência, feita a partir da colheita de um só ano e cujo envelhecimento do vinho é feito em garrafa.
Vinhas Velhas, Touriga Nacional, Touriga Franca e algum Sousão – todos de ‘letra A’, a revelar a qualidade máxima –, ou seja, castas autóctones da mais antiga região demarcada do Mundo, são os “ingredientes” que dão origem a este Quinta de La Rosa Porto Vintage 2017. Todas elas foram vindimadas nos mais antigos patamares da propriedade localizada em pleno Património Mundial da UNESCO. Coube ao enólogo Jorge Moreira o cuidado da escolha da fruta, assim como o início da colheita.
Este Porto Vintage 2017 apresenta uma enorme concentração, característica associada, logo, à cor violeta retinta, bem como à sua enorme intensidade aromática. Além de complexo, os aromas e os sabores são dominados por uma fruta doce e exuberante com nuances florais. Na boca é denso e intenso, sem perder energia nem frescura. Fortemente estruturado, como um grande Porto Vintage tem de ser, para garantir décadas de evolução.
Apesar do seu elevado potencial de envelhecimento, o Quinta de La Rosa Porto Vintage 2017 pode ser apreciado enquanto jovem, simplesmente como digestivo ou a acompanhar queijo ou chocolate.
Um vinho que chega ao consumidor com o preço indicativo de 42,55 euros (garrafa de 750 ml).
Trinca Bolotas 2018 um alentejano fresco e estival
Novidade no mercado nacional o Trinca Bolotas Branco 2018 é o mais recente membro da alentejana Herdade do Peso.
Um néctar fresco e volumoso, apto para uma mesa estival, com mariscos, pratos de peixe, ou até carnes brancas e saladas frescas.
Produzido a partir das castas Antão Vaz e Arinto, Trinca Bolotas Branco 2018, deve ser servido a uma temperatura entre 9° e 11°C.
Um vinho que chega ao consumidor com o preço indicativo de 5,99 euros.
Entre Tantos, um alentejano que nasce da homenagem a Rui Nabeiro
Entre Tantos, néctar da alentejana Adega Mayor, é também uma página de um livro que conta a outra história de Rui Nabeiro, a da sua paixão pelo vinho. Uma edição que faz a homenagem ao fundador da Delta e que entregou à neta, Rita Nabeiro, o comando da casa vinícola.
Entre Tantos chega ao mercado numa edição de 2800 unidades, numeradas e rotuladas à mão, apresentadas numa peça de cortiça que, de acordo com o produtor sediado em Campo Maior, “representa a simplicidade e a nobreza, testemunhadas no livro que acompanha esta edição especial”.
O vinho é produzido a partir de vinhas que acompanham a família há várias gerações, resultando num néctar de aspeto denso e com uma cor granada profunda.
O nariz é sedutor e complexo, sugerindo notas de cereja preta, ginja e ameixa madura, complementadas com um toque de balsâmico, fumado e subtis apontamentos terciários de amêndoa e chocolate negro.
Na boca há um jogo de elegância volume e estrutura, é concentrado na fruta e na especiaria e termina longo e arrebatador mostrando um excelente potencial de evolução.
Um vinho que chega ao consumidor com o preço indicativo de 100,00 euros.
Quinta da Leda 2016, o néctar que nasce de uma vindima fria
Quinta da Leda 2016 é um duriense proveniente de um dos produtores mais carismáticos da região, a Casa Ferreirinha.
Luís Sottomayor, enólogo de Casa Ferreirinha, explica como se obteve este vinho: “Mantendo o perfil habitual deste vinho, sobretudo a elegância, estrutura e complexidade, o Quinta da Leda 2016 reflete bem o estilo que procuramos, assim como as características de um ano fresco”.
Em 2016 registou-se uma vindima tardia, fria e com maturações longas, resultando num vinho com boa acidez, elegância e harmonia. “A colheita de 2016 de Quinta da Leda revela-nos um vinho típico de anos mais frios, isto é, especiado, resinoso e mais balsâmico, e com algumas notas florais e uma nota de mineralidade muito forte”, conclui Luís Sottomayor.
Produzido a partir das castas Touriga Franca (50%), Touriga Nacional (25%), Tinto Cão (15%) e Tinta Roriz (10%), a colheita de 2016 é ideal para acompanhar pratos de carne, caça e queijos.
Um vinho que chega ao consumidor com o preço indicativo de 40,00 euros.
Porca de Murça, tinto 2017 e branco 2018, dois durienses de imagem renovada
Por ocasião do 90.º aniversário dos vinhos do Douro Porca de Murça, a Real Companhia Velha decidiu estrear uma nova imagem. Os novos rótulos estreiam-se com o lançamento do Porca de Murça tinto 2017 e do Porca de Murça branco 2018.
Jovem, de cor granada e notas de frutos fresco, com sugestões de cerejas. São estas as características do Real Companhia Velha Porca de Murça tinto 2017, um tinto feito com as castas durienses Touriga Franca, Touriga Nacional, Tinta Roriz e Tinta Barroca. Em prova, é complementado por uma maciez aveludada que, no final, revela vigor, graças à sua acidez equilibrada. Leve-o à mesa, para acompanhar carnes, pastas e queijos.
O Real Companhia Velha Porca de Murça branco 2018 é feito a partir de cinco castas típicas da mais antiga região demarcada do Mundo: Viosinho, Gouveio, Moscatel, Arinto e Fernão Pires.
Apresenta-se como um vinho jovem de cor citrina, com aromas florais muito frescos combinados com sugestões de lima e frutos brancos. No palato, os sabores seguem a mesma linha de aromas, sendo complementados por uma acidez viva que torna a prova jovem e refrescante. Por isso, é considerado uma boa companhia às refeições, preferencialmente com pratos de caril, peixes, marisco e saladas.
A fermentação de ambos decorreu em cubas Inox, com controlo de temperatura, e o estágio decorreu em cubas Inox até ao engarrafamento. Recordamos que a garrafa do branco desta referência ter passado a ser em vidro transparente, enquanto a garrafa do tinto se mantém em vidro verde.
Ambos os vinhos chegam ao consumidor com o preço indicativo de 4,59 euros.
O lado branco da Quinta da Gaivosa
Desde o início dos anos de 1990 que a família Alves de Sousa, guardiã da Quinta da Gaivosa há várias gerações, decidiu usar as suas melhores uvas para produzir vinhos DOC Douro Brancos, deixando de as reservar para as grandes casas de vinho do Porto. Inicialmente visto como uma pequena “heresia”, esta nova abordagem ao Douro rapidamente ganhou seguidores e encabeçou uma profunda revolução na região, marcada até então pela tradição do vinho do Porto e por tintos vigorosos.
Elaborado à base das castas Gouveio, Malvasina Fina, Avesso e Arinto, provenientes de vinhas com mais de 20 anos, o Quinta da Gaivosa Grande Reserva 2016, é um néctar complexo. À primeira vista exibe uma cor amarelo palha, espelhando o lado mais floral da casta Gouveio, mas não dispensando o leve toque de líchias e a uma grande mineralidade. A madeira, resultado de um estágio de 12 meses em barricas de carvalho francês, surge subtilmente no conjunto, elevando a frescura e elegância do vinho.
Pronto a beber e com elevada aptidão gastronómica, o Branco da Gaivosa Grande Reserva 2016 assume-se também pelo seu potencial de guarda, podendo evoluir em garrafa durante os próximos oito a dez anos.
Sugere-se que seja servido a uma temperatura média de 12 ºC, após uma espera de 30 minutos.
Um vinho que chega ao consumidor com o preço indicativo de 30,60 euros.
Herdade das Servas Vinhas Velhas tinto 2015, um alentejano em quinta edição
A família Serrano Mira entrega ao mercado uma nova edição do seu topo de gama tinto, o Herdade das Servas Vinhas Velhas 2015. Um vinho que soma cinco edições – 2005, 2009, 2012, 2014 e 2015 – ao longo de 20 anos de produção na Herdade das Servas, propriedade localizada a escassos quilómetros da cidade de Estremoz.
Um tinto que tem na sua composição as castas Alicante Bouschet (45%), Touriga Nacional (30%), Trincadeira (20%) e Petit Verdot (5%), provenientes, em mistura, das Vinhas Velhas do projeto alentejano – com media de idade superior a 50 anos.
Depois da seleção na mesa de escolha, as uvas são desengaçadas e submetidas a maceração pré-fermentativa, bem como a fermentação em lagar e cuba de inox com controlo de temperatura. Depois de 18 meses de estágio em barricas de carvalho francês novas e de segundo ano, a que se somaram 20 meses de estágio em garrafa, chega-nos um vinho complexo e estruturado, mas fresco e com grande elegância.
O Herdade das Servas Vinhas Velhas tinto 2015 é um vinho límpido, vermelho violeta profundo, com aromas de ameixa, cereja, figo, chocolate, especiarias e notas florais de violeta. Tem complexidade e estrutura; denota frescura e elegância, tostados de barrica de carvalho, notas fumadas e taninos ricos. O final é longo, revelando potencial de guarda e envelhecimento. Todas estas características fomentam a harmonização com pratos de caça, queijos intensos, enchidos e carnes vermelhas.
Importa salientar ainda que, para preservar todas as suas qualidades, não foi estabilizado, podendo criar naturalmente depósito.
Um vinho que chega ao consumidor com o preço indicativo de 25,00 euros.
Comentários