Foram distribuídas 30.000 máscaras, mas apenas algumas pessoas usaram o equipamento de proteção. "Seria mentira dizer que não estou preocupada com a epidemia", reconheceu Choi Ji Young, uma estudante de 21 anos que conheceu o marido há dois meses por intermédio da organização. "Mas hoje sinto-se protegida do vírus", afirmou.
Na Coreia do Sul, foram registados 24 casos de infeção pelo novo coronavírus e as autoridades proibiram a entrada de estrangeiros que visitaram a cidade chinesa de Wuhan recentemente. Festivais, shows de K-pop e festas académicas foram canceladas para combater a propagação.
As autoridades também pediram às organizações religiosas que imponham medidas de prevenção. Mas o casamento coletivo escapou às medidas preventivas.
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A Igreja da Unificação decidiu manter a cerimónia, organizada por ocasião do centenário do nascimento do seu polémico "messias" Sun Myung Moon.
A instituição argumentou que se preparou para o evento durante quatro anos e pediu aos fiéis da China que não viajassem para a Coreia, segundo um dos seus responsáveis.
Os recém-casados, todos vestidos da mesma forma e que, na sua maioria, se conheceram nas últimas semanas, participaram com entusiasmo no evento organizado em Gapyeong, na zona leste de Seul.
Os casamentos coletivos, que nos primeiros anos da década de 1960 reuniam poucos casais, tornaram-se um importante símbolo dos membros da Igreja da Unificação, cujo fundador morreu em 2012, com 92 anos.
Em 1997, 30.000 casais deram o nó em Washington. Dois anos depois, aproximadamente 21.000 sacramentaram os seus votos no Estádio Olímpico de Seul.
Os fiéis aceitam que a organização lhes ofereça um cônjuge e devem declarar sob juramento que são virgens. No final da cerimónia, os noivos devem evitar fazer sexo pelo menos durante 40 dias.
A Igreja da Unificação reivindica três milhões de fiéis no mundo, mas, segundo especialistas, os seus membros seriam muito menos.
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