A adesão ao rastreio do cancro da mama no Norte baixou no ano passado: quatro em cada dez mulheres convocadas não compareceram ao exame gratuito da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), avança o Jornal de Notícias que cita números daquela organização de saúde.

Na Região Sul, incluindo os distritos de Lisboa e Setúbal, só uma em cada cinco mulheres chamadas realizou a mamografia, escreve o referido órgão de comunicação social.

Das quase 280 mil mulheres observadas nas duas regiões, 2.219 (1697 no Norte; 522 no Sul) foram encaminhadas para diagnóstico ou tratamento no hospital.

Doença oncológica que mais mulheres afeta

O cancro da mama é, atualmente, uma das doenças oncológicas que mais mulheres afeta em todo o mundo e em Portugal não é exceção. Na verdade, é a neoplasia mais diagnosticada em mulheres e a segunda que mais mortes causa no nosso país.

De acordo com a Liga Portuguesa Contra o Cancro, em Portugal, anualmente são detetados cerca de 7.000 novos casos de cancro da mama, e 1.800 mulheres morrem com esta doença.

São muitas as patologias que se manifestam única e exclusivamente como resultado de estilos de vida menos saudáveis, no entanto, esse não é o caso do cancro da mama. Na verdade, não é conhecida uma causa específica para o cancro da mama.

Sintomas

É muito importante estar atento aos sintomas para que o cancro possa ser diagnosticado e tratado numa fase mais precoce. Neste tipo de cancro, os sintomas iniciais estão relacionados com alterações físicas visíveis.

  • Nódulo ou espessamento na mama ou na zona da axila
  • Alterações na mama ou no mamilo visíveis ou palpáveis, incluindo vermelhidão ou inchaço
  • Dores na mama
  • Maior sensibilidade no mamilo
  • Secreção de corrimento ou sangue pelo mamilo
  • Retração cutânea ou do mamilo

O diagnóstico do cancro da mama pode ser realizado de quatro formas:

  1. Mamografia - É o exame standard do diagnóstico mamário e o mais utilizado nos programas de rastreio. Fornece imagens da estrutura interna da mama e das suas alterações.
  2. Ecografia - Este é um exame complementar da mamografia e o primeiro exame a ser feito por mulheres abaixo dos 30 anos. A ecografia permite perceber se as características de um nódulo apontam mais para um nódulo benigno ou maligno.
  3. Ressonância Magnética - Este exame permite avaliar a mama com grande detalhe e é especialmente indicado para mulheres de alto risco como as que têm mutação genética conhecida.
  4. Biópsia - Essencial para saber se o nódulo é benigno ou maligno. Geralmente, consiste em retirar pequenas amostras de tecido.

Quanto mais cedo for detetado, maior é a taxa de sucesso do tratamento do cancro da mama, sendo que a taxa de cura atinge os 95%. Assim sendo, reforçamos que é essencial que as mulheres tenham consciência da anatomia da sua mama, pois só assim poderão perceber caso alguma alteração surja, persista ou se agrave. Também é muito importante fazer exames de rastreio, antes de surgirem quaisquer sinais ou sintomas, só assim este cancro poderá ser detetado e tratado precocemente.

Em caso de dúvida, consulte o seu médico.

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