“Devido ao aparecimento de alguns casos com covid-19 em trabalhadores de matadouros de aves, têm surgido dúvidas quanto à segurança sanitária dos produtos frescos, que são obtidos nesses estabelecimentos”, apontou a DGAV, num esclarecimento publicado no seu ‘site’.
Citando documentos da Comissão Europeia, esta direção-geral lembrou que, até à data, não há qualquer registo de transmissão do vírus através do consumo de alimentos, sublinhando que a transmissão da doença ocorre “sobretudo de pessoa para pessoa, através de gotículas respiratórias”.
A produção de alimentos na União Europeia “segue regras rigorosas de higiene”, em particular, nos matadouros e nas indústrias agroalimentares “são adotadas, desde sempre, medidas de higiene rigorosas para evitar que os alimentos produzidos e distribuídos possam estar contaminados com qualquer micro-organismo perigoso”.
O alerta de que a ingestão de alimentos cozinhados ou crus, como vegetais, não constitui um risco de contaminação pela pandemia de covid-19 já tinha sido dado, pelo menos, desde março, por entidades como a Direção-Geral da Saúde (DGS), a Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA), a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), bem como pelo Governo, nomeadamente, pelos ministérios da Agricultura e da Economia.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 269 mil mortos e infetou mais de 3,8 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de 1,2 milhões de doentes foram considerados curados.
Portugal contabiliza 1.114 mortos associados à covid-19 em 27.268 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.
Relativamente ao dia anterior, há mais 9 mortos (+0,8%) e mais 553 casos de infeção (+2%).
Das pessoas infetadas, 842 estão hospitalizadas, das quais 127 em unidades de cuidados intensivos, e o número de casos recuperados passou de 2.258 para 2.422.
Portugal entrou no domingo em situação de calamidade, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.
Esta nova fase de combate à covid-19 prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.
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