“Mia Couto, que sofreu sintomas ligeiros, convida-nos a todos a redobrar as medidas de prevenção, pois é uma situação preocupante, da qual parte da solução está na atitude individual”, refere uma nota na página da rede social Facebook da fundação.
Segundo a nota, o escritor está recuperado após cumprir com a medicação e se ter isolado em casa, conforme os protocolos de saúde estabelecidos para pessoas infetadas pelo vírus.
No dia 20, quando cumpria o 10.º dia de isolamento domiciliar, Mia Couto disse à Lusa que testou positivo e que apresentava sintomas leves, entre cansaço e dores musculares.
Na altura, o escritor alertou para as implicações “profundíssimas” da covid-19 a nível social, económico e humano, além da saúde, considerando que a doença “empurra para uma situação de agonia, solidão e abandono”.
Moçambique tem um cumulativo de 329 óbitos e 34.055 casos, 62% dos quais recuperados.
Mia Couto venceu o prémio literário francês Albert Bernard 2020, pela edição francesa da trilogia “As Areias do Imperador”, publicada no ano passado com tradução de Elisabeth Monteiro Rodrigues.
O escritor moçambicano, agora distinguido pela Academia Francesa de Ciências do Ultramar, já havia recebido em dezembro, na Suíça, o Prémio Jan Michalski, atribuído pela Fundação Jan Michalski, para distinguir obras da literatura mundial, publicadas em francês.
A trilogia “As Areias do Imperador”, composta pelos romances “Mulheres de Cinza” (2015), “A Espada e a Azagaia” (2016) e “O Bebedor de Horizontes” (2017), centra-se na fase final do Império de Gaza, o segundo maior império do continente, no final do século XIX, dirigido por Ngungunyane (Gungunhana).
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.140.687 mortos resultantes de mais de 99,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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