A empresa dirigida por Mark Zuckerberg lançou ontem o primeiro desses mapas em território norte-americano, elaborado com as respostas dos utilizadores, tendo-se observado que 2,31% dos entrevistados no condado de Queens, integrado no estado de Nova Iorque (um dos mais afetados), apresentam sintomas ligados à covid-19.

Segundo a rede social, os primeiros resultados enquadram-se nos dados oficiais já conhecidos sobre a presença geográfica do vírus nos EUA, motivo que a levou a consolidar a confiança na validade do sistema de pesquisa e a decidir estendê-lo a todo o mundo, a partir de quarta-feira.

Desde que o Facebook começou a pesquisar os sintomas da covid-19 nos EUA, há duas semanas, como parte de um projeto de pesquisa da universidade Carnegie Mellon, em Pittsburgh, no estado da Pensilvânia, uma média de 150.000 pessoas por dia está a responder à pesquisa.

A pesquisa, que é voluntária, aparece para os internautas no topo do canal de notícias da rede social, surgindo aí perguntas sobre o estado de saúde e os sintomas habitualmente associados ao novo coronavírus, como tosse seca e febre.

Numa entrevista ao meio ‘online’ especializado em tecnologia, The Verge, o diretor executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, defendeu esta forma de estimar o número de casos como uma alternativa aos números oficiais, caso os governantes tenham interesse em esconder informações ou disfarçar a dimensão da pandemia.

“Alguns governos não estão especialmente interessados em que o mundo saiba quantos casos existem ou saiba como o coronavírus se está a espalhar pelos seus países. Portanto, obter dados sobre isso é muito importante”, realçou o também cofundador do Facebook.

A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 165 mil mortos e infetou quase 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios, sendo os EUA o país com maior número de casos confirmados (cerca de 760 mil) e de mortes (40.683).

Mais de 537 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 735 pessoas das 20.863 registadas como infetadas, de acordo com a atualização de ontem da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.