"Portugal tem adotado uma postura de total transparência e disponibilidade para articular com todos os parceiros europeus da área do medicamento. Neste sentido, falar em açambarcamento é um total absurdo", lê-se num comunicado da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde.

A reação surge depois da organização Affordable Medicines Europe (AME), uma associação que representa a indústria farmacêutica de medicamentos genéricos, colocar Portugal entre os países que estão a armazenar quantidades excessivas de fármacos e equipamentos médicos.

Segundo o Infarmed, na preparação dos esforços para enfrentar a pandemia da COVID-19 foi definida, pelas entidades do Ministério da Saúde, uma lista de medicamentos, equipamentos de proteção individual e dispositivos médicos para os quais os hospitais deveriam reforçar o 'stock' em 20%.

"Este reforço permitia também assegurar que face a eventuais constrangimentos na cadeia de distribuição, os serviços de saúde portugueses estariam preparados para prestar os cuidados de saúde necessários" e que "as necessidades estimadas e adquiridas estão em linha com as identificadas como necessárias ao funcionamento dos serviços de saúde, face à situação pandémica", refere a nota.

Segundo o comunicado, o Infarmed, "em articulação com a Agência Europeia de Medicamentos e com a rede de Autoridades do Medicamento dos outros Estados Membros, está a monitorizar a disponibilidade de medicamentos (stock da indústria) no sentido de evitar faltas, nomeadamente dos medicamentos essenciais e dos que são apontados como tendo algum potencial terapêutico no combate à COVID-19".

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