Segundo Maria Antónia Escoval, registou-se nos meses de março e abril uma quebra de 60% nas doações e de 68% nos transplantes, em relação ao período homologo de 2019.
No entanto, houve um aumento da atividade em janeiro e fevereiro e, por isso, o primeiro trimestre foi, no global, melhor em relação ao ano anterior, adiantou a presidente do Conselho Diretivo do IPST, presente na conferência de imprensa de atualização diária de informação sobre a pandemia da COVID-19.
Maria Antónia Escoval afirmou ainda que, durante o período de pandemia, a atividade da transplantação decorreu apenas em situações de urgência e super-urgência, devido à necessidade de assegurar a disponibilidade de unidades de cuidados intensivos.
“Necessitamos de unidades de cuidados intensivos para a grande maioria destes dadores e também para a recuperação pós-cirurgia dos transplantados, e esta foi uma das razões, entre outras, pelas quais a transplantação ocorreu em situações de urgência e super-urgência”, explicou, assegurando que, ainda assim, não foram desperdiçadas oportunidades.
Portugal contabiliza 1.063 mortos associados à COVID-19 em 25.524 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.
Das pessoas infetadas, 813 estão hospitalizadas, das quais 143 em unidades de cuidados intensivos, e o número de casos recuperados passou de 1.689 para 1.712.
Portugal entrou domingo em situação de calamidade, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.
Esta nova fase de combate à COVID-19 prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.
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