Tome nota das explicações da médica imunoalergologista Marta Chambel:
A pandemia causada pela COVID-19 e todas as medidas de isolamento e proteção pessoal associadas causaram a redução no número de casos de gripe.
Este ano o número de casos de gripe em Portugal tem sido cada vez maior, sendo este aumento de casos numa altura do ano que não é a época habitual de casos de gripe (são tipicamente os meses de dezembro e janeiro).
O vírus da gripe que neste momento está em circulação em Portugal é do tipo A, sendo por isso responsável pela gripe A.
Os sintomas são muito semelhantes aos sintomas causados pela gripe sazonal e os níveis de contágio e transmissão são igualmente elevados.
Os sintomas de gripe A são:
- Febre
- Tosse
- Nariz entupido
- Dor de garganta e de cabeça
- Dores no corpo
- Calafrios
- Vómitos e/ou diarreia
A diferença entre a gripe A e a gripe sazonal é a intensidade dos sintomas - a gripe A causa sintomas mais intensos, é mais grave e tem uma taxa de mortalidade maior quando afeta pessoas mais vulneráveis: grávidas, crianças com menos de 5 anos, pessoas com mais de 65 anos e doentes crónicos. Este ano a gripe A está a infectar principalmente pessoas mais jovens.
O que fazer em caso de gripe A?
- Ficar em casa, o mais isolado possível
- Tomar medicamentos para a febre e dores (como por exemplo paracetamol e ibuprofeno)
Como prevenir a transmissão de gripe A?
- Lavar as mãos regularmente
- Não tocar na cara antes de lavar as mãos
- Tapar a boca e o nariz com um lenço de papel para tossir ou espirrar. Esse lenço deve ser deitado de imediato no lixo
- Limpar frequentemente superfícies que estejam em contacto regular com as mãos, (como por exemplo teclados de computador, maçanetas de portas)
- Usar máscara
- Evitar aglomerados de pessoas
O vírus da gripe A pode causar sintomas graves e incapacitantes.
As medidas de proteção individual que temos aprendido a usar durante a pandemia COVID-19 são úteis para reduzir a transmissão do vírus da gripe.
A vacinação anual para o vírus da gripe também é importante, uma vez que o vírus assume formas diferentes todos os anos.
Um artigo da médica imunoalergologista Marta Chambel.
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