O Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN) é o primeiro a aderir ao mais recente sistema de neuromodulação sagrada (NMS), o Interstim X, desenvolvido pela Medtronic. A primeira cirurgia para implantação deste dispositivo de última geração, decorreu no dia 29 de Junho no Hospital de Santa Maria e visou o tratamento de um doente com incontinência urinária.

“Já utilizávamos há muitos anos o sistema de Neuromodulação Sagrada com InterStim que é considerado o padrão de terapêutica de recurso em disfunções miccionais complexas. Este novo sistema vem aumentar significativamente o período de tratamento, de 5 para 10 anos, e tornar mais fácil a gestão diária do mesmo, uma vez que pode ser facilmente controlado através de uma app instalada no telemóvel do doente”, destaca o diretor do Serviço de Urologia do CHULN. Com este novo modelo, José Palma dos Reis espera  conseguir “tratar ainda mais doentes e de forma mais sustentável e cómoda para os mesmos”.

Os sistemas InterStim já são considerados o padrão de tratamento em opções de terapia avançada, por se tratarem dos sistemas mais personalizado para fornecer NMS. Contudo, o novo dispositivo vem aumentar significativamente o período de tratamento, de 5 para 10 anos, e tornar mais fácil a gestão diária do tratamento, que pode ser facilmente controlado através de uma app instalada no telemóvel do doente.

A NMS permite o tratamento de incontinência urinária, retenção urinária e incontinência fecal, nos casos clínicos em que as terapias comportamentais ou a medicação não apresentaram resultados clínicos. Através de um procedimento minimamente invasivo, é feita a introdução subcutânea de um dispositivo que irá fazer a electroestimulação dos nervos sagrados, responsáveis por controlar os músculos da bexiga.

Através desta aposta, o CHULN torna-se pioneiro no tratamento com neuromodulação sagrada de última geração em Portugal e reitera, assim, o seu compromisso de promover continuamente a melhoria dos cuidados prestados aos doentes, contribuindo para a aumentar a sua qualidade de vida.

Em Portugal, estima-se que cerca de 600 mil portugueses sejam afetados por incontinência urinária, contudo, apenas 10% destes procura ajuda junto de um profissional de saúde. A vergonha é um dos principais fatores que impede a ação e leva, muitas vezes, a problemas de ansiedade, depressão e isolamento social.