A primeira vacina contra o coronavírus, batizada de Sputnik V, foi patenteada em Moscovo em agosto de 2020, mas o ceticismo sobre a vacina é um grande problema na Rússia, dizem os especialistas.
De acordo com uma pesquisa do Levada Center, 62% dos russos relutam em vacinar-se com a Sputnik V, apontada pelo presidente Vladimir Putin como "a melhor do mundo".
Segundo aquela pesquisa, 56% dos russos não teme contrair o coronavírus, acrescentando que o número não mudou desde fevereiro.
De acordo com a pesquisa, o número de pessoas que desejam vacinar-se diminuiu no último ano - 26% disseram que estavam dispostos a vacinar-se, perante 30% em fevereiro.
Dos entrevistados, 10% afirmaram já ter sido vacinados.
Putin, de 68 anos, exortou repetidamente os russos a vacinarem-se, dizendo que ele próprio já foi vacinado. No entanto, não especificou qual das três principais vacinas do país - Sputnik V, EpiVacCorona ou CoviVac - recebeu.
A Rússia suspendeu quase todas as restrições contra o coronavírus, e muitos russos recusam-se a usar máscaras no transporte e em outros locais públicos.
O país tem sido um dos mais afetados pela COVID-19, e alguns especialistas afirmam que as autoridades subestimam o número de mortes por coronavírus.
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