Em 2019, a associação, então denominada “Lisboa para Praia”, esteve em Cabo Verde e conseguiu levar os cuidados médicos às comunidades mais periféricas, obtendo resultados considerados “positivos”.
Com isso, a representante da associação disse à Lusa que sentiram a necessidade de alargar as suas áreas de intervenção, mudando o nome para “Portugal Para África”, já que pretendem visitar outros Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).
Segundo a representante da associação, Marta Silva, até 6 de dezembro vão estar nove médicos em Santa Catarina, ilha de Santiago, a dar consultas em quatro áreas médicas, nomeadamente doenças cardiovasculares, saúde da mulher, saúde infantil e doenças infecciosas.
“Com esta iniciativa, pretendemos falar sobre a importância da vacinação, melhorar a saúde infantil, como a higiene oral, a alimentação equilibrada, e chamar a atenção sobre o consumo de substâncias como álcool, tabaco e drogas e mostrar às mulheres o melhor método de contraceção”, disse.
A médica apontou que após as primeiras consultas que iniciaram numa das zonas rurais de Santa Catarina, participam numa ação de sensibilização no Liceu Amílcar Cabral, na cidade de Assomada.
“Queremos dar maior acesso à saúde nas zonas mais rurais, onde as nossas consultas terão mais eficiência”, prosseguiu, indicando que, além de Santa Catarina, os jovens médicos vão dar consultas em Ribeira Grande e Tarrafal, também na ilha de Santiago.
Marta Silva explicou que, com o crescimento da associação, hoje pretendem abordar e dar maior a cesso à saúde em quase toda ilha de Santiago e a mais municípios de Cabo Verde.
“No dia 04 dezembro, sábado, durante a manhã, vamos efetuar consultas em Rincão, e da parte da tarde, em Chã de Tanque”, disse a representante, acrescentando que no dia 05 suspendem a atividade para descanso e, no dia seguinte, organizam uma sessão online sobre medicina desportiva e nutrição.
Por causa da pandemia de covid-19, em 2020 o grupo não conseguiu deslocar-se a Cabo Verde, mas juntou cem caixas solidárias, que foram enviadas para as comunidades mais necessitadas.
Além das consultas, os jovens médicos vão ainda dar formação e capacitar os profissionais locais de forma a dar continuidade ao trabalho da associação portuguesa.
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