Quase todos os casos de hepatite A estão sinalizados na Grande Lisboa e a situação desta atividade epidémica parece estar associada, com muita frequência, à transmissão do vírus por via sexual entre homens que têm sexo com homens.
A Direção-Geral da Saúde relaciona o facto com o "chemsex", a atividade sexual potenciada por substâncias químicas.
O "chemsex" é uma nova prática sexual que pode provocar danos físicos e emocionais. Nasceu na Holanda e leva pessoas a tomar drogas, como anfetaminas, para fazer sexo durante períodos alargados de tempo.
Um estudo publicado em 2015 no British Medical Journal (BMJ) explica que o chemsex é praticado normalmente em festas e orgias, onde o sexo é misturado com drogas, como mefredona, cristais e GHB, para que dure horas ou até dias.
Chemsex é a contração do inglês "chemical sex", que significa sexo químico.
Estas substâncias são consumidas para reduzir as inibições e aumentar o prazer. As drogas aceleram a frequência cardíaca e a pressão arterial, podendo ter graves efeitos na saúde mental - aumento do risco de psicose, de tendências suicidas e ataques de pânico.
Segundo os investigadores do BMJ, o risco de exposição a doenças sexualmente transmissíveis - como SIDA, gonorreia, sífilis ou hepatites - aumenta devido à redução da percepção do perigo provocada por estas drogas.
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