"Tenho observado, em colaboração com as autoridades científicas, que um certo número de mulheres jovens usa cada vez menos anticoncepcionais, e a principal razão é por motivos económicos", disse Véran ao canal público France 2.

A medida, que entrará em vigor a 1 de janeiro, vai custar 21 milhões de euros por ano. Foi estendida até aos 25 anos, porque é a idade que corresponde a "maior autonomia económica" e social, acrescentou.

A gratuidade vai abranger desde as pílulas anticoncepcionais até o exame biológico, passando pela consulta médica e todos os cuidados de saúde associados, especificou.

A contracepção já era gratuita desde 2013 para jovens entre os 15 e 18 anos. Desde então, a prática do aborto nessa faixa etária caiu, de 9,5 para 6 a cada 1.000 jovens entre 2012 e 2018.

Em 2020, a medida passou a incluir as menores de 15 anos, já que, segundo o governo da época, quase 1.000 adolescentes entre 12 e 14 anos engravidam a cada ano. Dessas 770 recorrem ao aborto.

O anúncio é feito no momento em que associações e deputados, incluindo o partido da situação, tentam ressuscitar a reforma que visa a estender o período autorizado para o aborto de 12 para 14 semanas. No Senado, de maioria conservadora, a proposta foi rejeitada.