De acordo com o IPMA, estão em risco máximo de incêndio os municípios de Tarouca (Viseu), Guarda e Figueira de Castelo Rodrigo (Guarda), Covilhã, Vila Velha de Ródão, Vila de Rei e Proença-a-Nova (Castelo Branco), Nisa e Gavião (Portalegre), Mação, Sardoal e Abrantes (Santarém) e Faro, Loulé, São Brás de Alportel, Tavira, Alcoutim e Castro Marim (Faro).
O IPMA colocou ainda em risco muito elevado cerca de uma centena de concelhos do interior centro e norte e da região sul e em risco elevado outros tantos municípios do interior norte e centro do país, alguns do litoral centro e toda a região do Alentejo, num dia em que se prevê vento por vezes forte nas terras altas.
O risco de incêndio determinado pelo IPMA tem cinco níveis, que vão de reduzido a máximo, sendo o elevado o terceiro nível mais grave. Os cálculos para este risco são obtidos a partir da temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.
Reforço da vigilância
Na quinta-feira, a Proteção Civil prolongou o estado especial de alerta amarelo até segunda-feira devido à continuação de condições meteorológicas favoráveis ao risco de incêndio rural e anunciou o reforço de meios e da vigilância aérea e terrestre.
Os avisos da proteção civil são, por ordem crescente de gravidade, azul, amarelo, laranja e vermelho.
A informação foi prestada aos jornalistas pelo comandante adjunto operacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil Pedro Nunes, que justificou a decisão de prolongar o estado de alerta amarelo com questões meteorológicas (vento e baixa humidade do ar) e com o facto de agosto ser o mês em que há mais afluxo de pessoas para o interior do país, o que aumenta o risco de ignições em meio rural.
Embora não se esperem temperaturas extremas até segunda-feira, prevê-se a manutenção das condições meteorológicas observadas nos últimos dias, num quadro de vento moderado a forte, quer diurno quer noturno, e humidade relativa baixa em toda a região sul do vale do Tejo e no interior norte, com especial incidência nos distritos de Castelo Branco e Guarda.
Para enfrentar estes fatores críticos, a Proteção Civil vai aumentar a vigilância aérea e terrestre, com recurso aos aviões de observação e vigilância que integram o dispositivo de combate a incêndios florestais, havendo ainda a intenção de recorrer aos ‘drones’ da Força Aérea para cumprir a missão em causa.
Na vigilância terrestre a vigilância vai ser reforçada com meios da GNR e da Força Aérea, antevendo-se mais "patrulhas espalhadas pelo território nacional", com maior incidência no interior do país. No total, haverá um reforço de 100 efetivos.
Segundo a Proteção Civil, o estado de alerta vai vigorar nos distritos de Vila Real, Bragança, Guarda, Castelo Branco, Santarém, Portalegre, Évora, Beja e Faro
O IPMA prevê para hoje uma pequena subida da temperatura máxima nas regiões do interior norte e centro, com os termómetros a chegarem aos 35º (Castelo Branco). Já a temperatura mínima não deverá descer abaixo dos 12º (Viseu).
Radiação ultravioleta perigosa
O território do continente, a região Autónoma da Madeira e as ilhas das Flores e Faial, nos Açores, estão hoje em risco muito elevado de exposição à radiação ultravioleta (UV).
Segundo o IPMA, no arquipélago dos Açores está em risco elevado de exposição à radiação UV a ilha da Terceira e em risco moderado a de São Miguel.
Para as regiões com risco muito elevado e elevado, o IPMA recomenda a utilização de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol, protetor solar e evitar a exposição das crianças ao Sol.
O índice ultravioleta varia entre 1 e 2, em que o risco de exposição à radiação UV é baixo, 3 a 5 (moderado), 6 a 7 (elevado), 8 a 10 (muito elevado) e superior a 11 (extremo).
O cálculo é feito com base nos valores observados às 13:00 em cada dia relativamente à temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.
Para hoje, o IPMA prevê para hoje nebulosidade matinal para o litoral oeste e Alentejo, vento por vezes forte nas terras altas e uma pequena subida da temperatura máxima nas regiões do interior norte e centro.
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