“As pessoas deslocadas da Ucrânia hospedadas em centros de acolhimento devem ter acesso gratuito ao teste do SARS-CoV-2 e à vacinação contra a covid-19”, refere o centro europeu em comunicado.
A recomendação faz parte de um relatório divulgado hoje com um guia para a prevenção e controlo da covid-19 em centros de acolhimento temporário nas fronteiras com a Ucrânia que estejam a receber refugiados.
Desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro, já fugiram da Ucrânia para países vizinhos mais de 3,1 milhões de pessoas, entre as quais muitas ficam em centros de acolhimento temporário nas fronteiras, onde o risco de surtos de doenças transmissíveis é elevado.
“Apesar de a vacinação contra a covid-19 continuar a ser a intervenção mais importante para prevenir a hospitalização e morte, antecipa-se que muitas das pessoas que estão a fugir da Ucrânia não tenham a vacinação completa”, sublinha o centro europeu.
De acordo com as recomendações, os centros de acolhimento deverão assegurar a vacinação completa e uma dose de reforço a todas as crianças e adultos elegíveis que não tenham um documento comprovativo de uma vacinação anterior.
“Os mais velhos, mulheres grávidas e pessoas com imunossupressão devem ser prioritárias”, acrescenta o ECDC, recomendando que também o pessoal da linha da frente nesses centros receba a vacinação completa e uma dose de reforço.
Por outro lado, o Centro Europeu sublinha também a importância da testagem à chegada aos centros ou, não havendo capacidade para testar todas as pessoas, que se faça a triagem e gestão de possíveis casos perante a apresentação de sintomas.
A utilização de máscara também é recomendada, bem como a ventilação dos espaços, a limpeza e desinfeção, e o acesso e a utilização de água limpa, sabão e desinfetante.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 780 mortos e 1.252 feridos, incluindo algumas dezenas de crianças, e provocou a fuga de cerca de 5,2 milhões de pessoas, entre as quais mais de 3,1 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
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