Os microplásticos são pequenos pedaços, às vezes microscópicos, que surgem de produtos maiores devido à degradação pelo meio ambiente.
Esta foi a conclusão a que chegou uma equipa científica da universidade canadiana British Colúmbia e os dados referem-se ao norte-americano médio.
Os investigadores analisaram a quantidade de microplásticos encontrada numa série de alimentos e os resultados foram publicados no boletim “Enviroment Science and Technoloy”.
Os peritos analisaram 26 estudos prévios sobre as quantidades de partículas de microplástico em mais de 3.600 amostras de pescado, marisco, açúcar adicionado, sal, álcool, água, tanto em garrafa como da rede, e ar.
De seguida, avaliaram que quantidade desses produtos consomem homens, mulheres e crianças, para o que se basearam na ingestão dietética recomendada no Guia Alimentar para Americanos 2015-16.
A partir desta análise, a ingestão estimada de microplásticos foi estimada entre 39.000 e 52.000 partículas ao ano, dependendo da idade e do sexo.
Estes níveis aumentam entre 74.000 e 121.000 partículas anuais se se considerar ainda a inalação através do ar, indica a informação.
Aqueles que bebem apenas água engarrafada podem chegar a ingerir 90.000 partículas adicionais por ano, em comparação com as 4.000 que consomem os que bebem só água da torneira.
Uma vez que os investigadores consideraram apenas 15% da ingestão calórica total dos norte-americanos, provavelmente os valores estão subestimados, acrescenta-se no boletim.
A equipa destacou que são necessárias novas investigações para conhecer os efeitos que a ingestão de microplásticos pode ter na saúde.
Desde que começou a produção massiva de plásticos, na década de 40, estes versáteis polímeros expandiram-se rapidamente por todo o mundo e, apesar de em muitos sentidos terem tornado a vida mais fácil, a sua eliminação é um problema cada vez maior.
As pessoas podem ingerir estes materiais inconscientemente quando comem ou respiram.
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