Está a crescer o número de profissionais que fazem botox para esconder as emoções, escreve o tablóide britânico "The Independent". Segundo Tijion Esho, médico e cirurgião plástico premiado no Reino Unido e conhecido pelo seu trabalho na área da medicina estética, há cada vez mais advogados, políticos, corretores da bolsa, detetives e médicos a recorrerem à toxina botulínica para disfarçar, maquilhar ou esconder as emoções.
O objetivo é que as suas expressões faciais não denunciem o que lhes vai no pensamento. "Ao longo do tempo, tenho notado uma nova vaga de pacientes que procuram o botox para lhes dar uma expressão reduzida ou mínima", disse o médico em declarações ao referido jornal.
A cirurgiã plástica norte-americana Dara Liotta confirma: "Uma amiga minha, psiquiatra, diz que passa tanto tempo a tentar não contrair os músculos [faciais] para não parecer crítica nas consultas com os pacientes que quase não os ouve".
Há ainda outra razão: injetado em determinados pontos da cara ou corpo, o botox pode inibir a transpiração, disfarçando ou escondendo o nervosismo.
O que é a toxina botulínica?
A toxina botulínica, conhecida de todos por botox, é uma proteína produzida por uma bactéria – Clostridium Botulinum. Na década de 50 descobriu-se que esta proteína provocava diminuição da acção muscular quando injetada nos mesmos.
Como funciona? Evita que a informação nervosa chegue aos músculos, como tal eles deixam de funcionar, o que levou a que os médicos tenham utilizado o produto para enfraquecer os músculos da face, que provocam as inestéticas rugas.
Apesar de existirem 7 tipos diferentes da toxina (do A a G), apenas a toxina botulínica tipo A está aprovada para uso estético.
Este efeito cosmético foi descrito pela primeira vez em 1989 por um cirurgião plástico da Califórnia, o Dr. Richard Clark, e desde essa altura os procedimentos aumentaram a um ritmo impressionante. A injeção de botox é desde o ano 2000 o procedimento estético não cirúrgico mais frequente.
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