A Coreia do Sul elevou esta sexta-feira, pela primeira vez na história do país, o indicador sobre os serviços de saúde para o nível máximo, devido à greve de médicos internos, em protesto contra políticas governamentais.
Os sindicatos representativos dos médicos e o ministro da Saúde voltam hoje às negociações naquela que será a "derradeira oportunidade" para obter um acordo em matéria de aumentos salariais.
Dezenas de médicos em greve concentraram-se hoje em frente ao Hospital Santa Maria, em Lisboa, para exigir nova reunião com o Governo, lembrando que continua em funções e com autoridade para resolver os problemas do SNS.
O Governo vai estudar até onde pode ir nas negociações com os médicos, afirmou hoje o ministro da Saúde, frisando, contudo, que o país não está em circunstâncias normais, referindo-se à atual crise política.
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) anunciou hoje que vai manter a greve ao trabalho extraordinário nos cuidados de saúde primários e pede a retoma das negociações com o Ministério da Saúde.
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses desconvocou a greve de sexta-feira por considerar que o motivo da paralisação, que pretendia pressionar o Governo a negociar soluções para estes profissionais, deixou de fazer sentido pois o Executivo está "em funções de gestão".
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) admite desconvocar a greve às horas extraordinárias caso sejam convocadas eleições legislativas e irá apelar aos médicos para suspender a entrega de minutas de indisponibilidade às horas extraordinárias.
O bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, afirmou hoje que "a saúde não pode esperar por eleições", sublinhando que "ainda" há um ministro da Saúde e que é preciso "resolver urgentemente" os problemas do setor.
Os sindicatos representativos dos médicos consideram que será difícil alcançar hoje um acordo como Ministério da Saúde por falta de avanços da tutela na proposta mais recente que, dizem, não reflete as reuniões anteriores.
O Bloco de Esquerda considerou hoje que o futuro do Serviço Nacional de Saúde (SNS) depende das negociações entre Governo e médicos, e advertiu o ministro Manuel Pizarro para não fazer um “simulacro” de tentativa de acordo.
O Ministério da Saúde e os sindicatos médicos retomam hoje as negociações na tentativa de chegar a um acordo sobre as questões salariais, após 18 meses de conversações que levaram a greves e protestos dos médicos.
O ministro da Saúde reiterou hoje que o Governo tem feito um diálogo de “boa-fé” com os sindicatos médicos, com uma “evolução assinalável” das propostas, desejando que a reunião negocial no sábado tenha um desfecho positivo.
A ronda negocial entre o Governo e os sindicatos médicos que estava prevista para sexta-feira foi adiada para sábado, a pedido da Federação Nacional dos Médicos (Fnam), revelou hoje o Ministério da Saúde.
Um total de 38 unidades hospitalares está com cerca de 90% dos seus serviços indisponíveis devido falta de médicos para assegurar as escalas, segundo os mais recentes dados divulgados pelo movimento "Médicos em Luta".
O Sindicato dos Enfermeiros Portuguesas (SEP) anunciou ter alcançado um acordo com a administração do Centro Hospitalar Médio Tejo (CHMT) para as reivindicações apresentadas, tendo desconvocado a greve agendada para os dias 02 e 03 de novembro.
Médicos e Governo voltam hoje às negociações, uma reunião considerada decisiva para um entendimento que reponha a normalidade em vários hospitais do país que estão a enfrentar constrangimentos e encerramentos temporários de serviços.
Os sindicatos médicos vão apresentar hoje ao Ministério da Saúde, em mais uma ronda negocial, uma contraproposta conjunta que exige reposição das 35 horas semanais e um aumento de 30% do salário base.
O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, considerou que houve "uma enorme evolução" nas propostas apresentadas pelo Governo nas negociações com os sindicatos médicos, tendo a "expectativa" de que se encontre "uma boa solução".
O Ministério da Saúde disse hoje não ter dados sobre os níveis de adesão à greve de dois dias dos médicos, avançando apenas com dados de absentismo que situaram nos 36,2% na terça-feira e nos 38,8% na quarta-feira.
Os quatro sindicatos de enfermeiros e técnicos da saúde são-tomense preparam uma greve de cinco dias a partir de segunda-feira, face ao agravamento das condições de trabalho, segundo pré-aviso a que a Lusa teve acesso.
A adesão ao segundo dia da greve dos médicos é de 90%, o que reflete a falta de confiança destes profissionais nas políticas do Ministério da Saúde, revelou hoje a presidente da Federação Nacional de Médicos (FNAM).
O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, defendeu hoje em Olhão, no Algarve, que a sua proposta de aumentos salariais dos médicos até 50% não pode ser desvalorizada, convidando-os a aproximarem-se da posição do Governo.
A adesão à greve dos médicos, em defesa da carreira médica e do Serviço Nacional de Saúde (SNS), ronda os 85%, segundo o sindicato que convocou a paralisação, que fala em constrangimentos em cirurgias e consultas.
O ex-bastonário da Ordem dos Médicos Miguel Guimarães previu hoje que as negociações entre sindicatos e Governo “dificilmente chegarão a bom porto”, com base no aumento previsto para despesas com pessoal na proposta de Orçamento do Estado para 2024.