A Organização Mundial de Saúde considerou o terramoto que atingiu a Turquia e a Síria em 06 de fevereiro "o pior desastre natural num século na Europa", deixando mais de 50 mil mortos.
Após passar mais de 180 horas debaixo dos escombros, Abir, uma jovem síria, conseguiu sobreviver e agora está a ser reanimada num hospital de campanha em Hatay, uma das províncias turcas mais atingidas pelo terramoto devastador de 6 de fevereiro.
O diretor regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Europa, Hans Kluge, classificou hoje os terramotos que abalaram a Turquia e a Síria na semana passada como o maior desastre natural no continente europeu no último século.
A Médicos do Mundo (MdM), que já contava com equipas das suas delegações da Turquia, França e Espanha, na Turquia e na Síria, está nas zonas mais atingidas pelo terramoto, a prestar apoio às populações.
Os sismos que devastaram há uma semana o sul da Turquia e o noroeste da Síria causaram pelo menos 40.943 mortes, segundo o mais recente balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS) hoje divulgado.
O número de pessoas afetadas pelos terramotos que atingiram o sudeste da Turquia e o norte da Síria pode chegar aos 23 milhões, afirmou hoje a Organização Mundial da Saúde (OMS), prometendo ajuda de longo prazo.
O ministério da Saúde da Síria registou 39 mortos vítimas de cólera e cerca de 600 casos num surto neste país devastado pela guerra e que, segundo as Nações Unidas, evolui de forma "preocupante".
Pelo menos 14,6 milhões de pessoas na Síria precisam de ajuda humanitária, avançou a Organização das Nações Unidas (ONU), sublinhando tratar-se de um número recorde após 11 anos de conflito.
Dois bebés morreram de frio no noroeste da Síria, onde a neve e as chuvas torrenciais destruíram quase mil tendas dos milhares de famílias que ali vivem em campos de deslocados, indicaram hoje as Nações Unidas.
Mais de três milhões de pessoas estão a correr risco de saúde devido à falta de acesso a água potável no norte da Síria, que atingiu um "ponto de rutura", alertaram hoje os Médicos Sem Fronteiras (MSF).
Mais de 12 milhões de pessoas na Síria e no Iraque, incluindo centenas de milhares de deslocados, estão a sofrer os efeitos da seca e arriscam ficar sem água, alertaram hoje várias organizações não-governamentais (ONG).
Quase metade (47%) dos jovens sírios sofreu com a morte de um familiar ou amigo próximo em consequência da guerra que o país vive há dez anos, revela hoje uma investigação do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV).
O Presidente sírio, Bashar al-Assad, e a mulher, Asma, estão infetados com o novo coronavírus, mas têm apenas sintomas ligeiros e o seu estado é "estável", anunciou hoje a Presidência em comunicado.
A descoberta de três casos de COVID-19 entre os delegados que participavam em Genebra nas discussões sobre a Constituição síria forçou a ONU a suspender a reunião, anunciou hoje a organização, algumas horas depois do início do encontro.
A equipa de produção do documentário "The Cave", que mostra a luta de médicos e enfermeiros num hospital subterrâneo durante o cerco de Goutha, na Síria, continua a receber terapia para lidar com os efeitos desse trabalho.