Em 2020, tinham sido identificadas cerca de 13,4 milhões de pessoas que precisavam de assistência no território sírio, de acordo com o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA), que publicou um novo relatório na quarta-feira à noite.
“O sofrimento na Síria está no nível mais alto desde o início da crise”, afirmou o vice-coordenador regional do OCHA para a Síria, Mark Cutts.
“A ONU e os seus parceiros ajudam sete milhões de pessoas todos os meses, mas é necessário mais apoio”, acrescentou o representante, numa declaração publicada na rede social Twitter.
Desencadeado em março de 2011 pela repressão às manifestações pró-democracia, o conflito na Síria provocou cerca de meio milhão de mortos e obrigou vários milhões de pessoas a fugir das suas casas, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).
A Síria vive atualmente uma profunda crise económica agravada por sanções ocidentais, pela pandemia de covid-19 e por uma desvalorização acentuada da moeda local.
Mais de três quartos dos lares (76%) não conseguem responder às suas necessidades básicas, o que representa um aumento de 10% face a 2020, indica o OCHA.
Segundo o novo relatório, a população de deslocados internos da Síria representa 37% dos que precisam de assistência humanitária.
As pessoas que nunca deixaram as suas casas, ou que regressaram às suas áreas de origem antes de janeiro de 2021, também têm cada vez mais dificuldades em satisfazer as suas necessidades básicas, acrescenta o gabinete da ONU, que vê a situação como um “indicador” do agravamento da crise.
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