A província de Idlib, o último grande reduto rebelde e ‘jihadista’ no país devastado pela guerra desde 2011, abriga cerca de três milhões de pessoas, dois terços destas deslocadas de outras regiões da Síria.
O Gabinete de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA) disse que “uma menina de sete dias e outra de dois meses morreram de frio na província de Idlib”, e segundo um correspondente da France-Presse (AFP), destacado no território sírio, os bebés ainda foram levados para um hospital na aldeia de Haranbush, mas não foi possível salvá-los.
As mortes de crianças em campos de deslocados em Idlib são comuns durante o inverno.
“As crianças são expostas ao frio. Vivem em tendas velhas. Há falta de roupa de inverno e de combustível”, disse o porta-voz do OCHA, Patrick Nicholson.
“O problema está a agravar-se devido à crise económica, à falta de recursos para prestar assistência no inverno e ao aumento das necessidades”, acrescentou Nicholson.
A situação é especialmente preocupante para as pessoas deslocadas que necessitam de cuidados, já que muitos hospitais da província de Idlib estão em risco de fechar devido à diminuição da ajuda internacional e à escassez de medicamentos e equipamentos.
Segundo o OCHA, só em janeiro, o mau tempo destruiu pelo menos 935 tendas e danificou mais de outras 9.000 em vários campos de deslocados no norte da Síria.
O aquecimento improvisado destas estruturas representa e potencia o perigo de incêndios, e desde o início do ano foram registados 68, que provocaram 24 feridos e dois mortos, segundo o gabinete humanitário da ONU.
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