Cientistas do Instituto de Pesquisa Baycreast’s Rotman de Toronto, no Canadá, demonstraram que os cérebros dos idosos têm maior capacidade para seleccionar informação relevante que os dos mais jovens. Para além disso, também têm mais facilidade em associar as informações relevantes e as irrelevantes e de as transferir para a memória. Os investigadores pensam que essa capacidade desempenha um papel fundamental nas tomadas de decisão e pode ser este facto que torna as pessoas mais velhas mais sensatas.
Apesar de mais racionais, os idosos acabam no entanto, muitas vezes, por se revelar mais imprudentes. Alguns estudos internacionais referem mesmo que muitos, por uma razão ou por outra, acabam por se deixar ludibriar facilmente ou por fazer investimentos financeiros que se revelam um desastre. Uma investigação da Universidade de Stanford recorreu a imagens cerebrais e concluiu que estes têm dificuldades em antever perdas.
Uma outra análise, levada a cabo por uma equipa liderada por David Laibson, economista na Universidade de Harvard, também apresentou conclusões na mesma linha. Depois de analisar os empréstimos contraídos por uma amostra de pessoas entre os 25 e os 80 anos, os especialistas concluíram que os mais velhos se tinham comprometido com propostas com taxas de juro e penalizações maiores. Os investidores que fizeram as melhores escolhas tinham, em média, 53 anos.
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