Aproxima-se um dos maiores picos de vendas do ano, onde as promoções aliciantes catapultam os consumidores para uma posição de maior vulnerabilidade nas compras online. Com descontos imperdíveis, muitos anúncios promocionais e facilidade de compra imediata, os aspetos de cibersegurança passam para segundo plano nas preocupações dos consumidores e é neste momento que correm maior risco.
“O momento de Black Friday deixou de se focar em apenas um dia para se transformar num mês de promoções, o que significa que se multiplicam de forma preocupante os esquemas e ciberataques aos consumidores. Os hackers conseguem criar ameaças cada vez mais sofisticadas e difíceis de detetar, entre phishing, roubo de dados e burlas online, pelo que é importante os consumidores desenvolverem uma postura de atenção e prevenção quando fazem as suas compras pela internet”, revela Pedro Coelho, Lead Software Architect da tecnológica Zühlke.
De forma a preparar este consumo e tráfego online, a consultora Zühlke partilha algumas sugestões para que os consumidores se protejam destas ciberameaças e aproveitem a Black Friday com maior segurança.
1. Analisar com atenção os emails com promoções
Com campanhas de descontos a decorrer ao longo de várias semanas, é essencial ver todos os detalhes das newsletters que chegam às caixas de email. Os sinais de alarme revelam-se, sobretudo, em remetentes repletos de caracteres diferentes, textos pouco compreensíveis ou mesmo emails de sites que não foram visitados. Nestes casos, deve reportar-se como spam e nunca clicar em qualquer link que o email contenha.
2. Utilizar o modo incógnito na navegação e reduzir informações partilhadas online
Através da navegação anónima, é possível visitar lojas online sem partilhar informações ou agregar cookies, evitando assim o excesso de anúncios direcionados ao consumidor ou diminuindo as consequências de clicar em algum link pouco seguro. Neste sentido, as extensões de bloqueio de anúncios (ou ad-blockers) são um bom complemento para os motores de pesquisa e ajudam a manter a cibersegurança dos utilizadores, já que os protegem contra qualquer “publicidade enganosa” que possa surgir.
Além disso, é essencial desenvolver um sentido crítico sobre as informações partilhadas nos formulários de compra, de criação de perfil nas lojas online ou até de aceitação da política de cookies. Em simultâneo, é importante ter em conta se as informações pessoais são ou não relevantes para a ação de compra ou navegação do site, sendo fulcral para não partilhar demasiado e, assim, manter em segurança os dados privados.
3. Avaliar a reputação dos sites, produtos e vendedores
Nesta época, podem surgir sites falsos que se fazem passar pelos das marcas oficiais, que aliciam os consumidores a comprar de imediato para não perderem a oportunidade de um bom desconto. Para despistar uma suspeita de fraude, a sugestão é pesquisar este site em diferentes motores de busca para ver se surge indexado nos resultados. Em último caso, se existirem dúvidas, deverá ligar-se para o contacto de apoio ao cliente ou loja física que o consumidor conhece e confirmar a informação.
Já em marketplaces para revenda de produtos, aconselha-se a ter especial atenção às críticas e avaliações de outros consumidores sobre o produto e o vendedor, de forma a permitir uma tomada de decisão mais informada no momento da compra.
4. Utilizar cartões temporários como método de pagamento
Através do uso de cartões de débito temporários, gerados apenas para aquela compra, ou utilizando plataformas intermediárias de pagamento, as informações de acesso à conta do banco são encriptadas. Deste modo, é possível comprar com maior segurança online, limitando a extensão dos danos em caso de roubo de informações e dados bancários.
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