O preço médio das casas em Portugal aumentou 8,8% em 2023 quando comparado com o ano anterior. De acordo com os dados publicados pela Alfredo, o preço médio do m2 no final do ano estava nos 2.330 euros.
Das 20 capitais de distrito analisadas, em apenas três os preços caíram nos últimos 12 meses. Ao mesmo tempo, Lisboa afirma-se como o distrito com os valores mais elevados e a Guarda aquele onde os preços praticados são mais baixos.
Saiba como evoluiu o mercado imobiliário em Portugal, em 2023.
Santarém e Viana do Castelo com subidas superiores a 20%
Das 20 cidades analisadas, duas tiveram aumentos dos preços do m2 superiores a 20%: Santarém cresceu 22,8% e Viana do Castelo 20,9%. Também perto destes valores ficaram Castelo Branco (18,6%), Funchal (17,7%) e Ponta Delgada (17%).
Em sentido contrário, apenas três capitais de distrito registaram uma descida dos preços: Portalegre (-3,6%), Guarda (-2,4%) e Vila Real (-2,3%).
Lisboa é o distrito mais caro, Guarda o mais barato
Sem grandes surpresas, Lisboa surge como a capital de distrito onde as casas são mais caras. Em 2023, o preço médio do m2 foi 4.700 euros, mais do dobro da média nacional. Seguem-se o Porto (3.109 euros) e Funchal (2.793 euros), com Faro (2.578 euros) e Setúbal (2.031 euros) a fechar a lista das cinco capitais de distrito mais caras para comprar casa.
No lado aposto está a Guarda, onde o m2 custa, em média, 440 euros. Também abaixo dos mil euros estão Portalegre (570 euros), Castelo Branco (593 euros), Bragança (868 euros), Vila Real (886 euros), Beja (889 euros) e Santarém (985 euros).
Na análise dos números é importante realçar que estes apenas refletem os valores registados nas cidades capitais de distrito. Ou seja, pode haver zonas/concelhos nos quais os preços são mais altos ou mais baixos.
Há menos casas à venda
A oferta de imóveis recuou ligeiramente (0,77%) em 2023 quando comparada com 2022. No total, houve menos 174 mil casas no mercado.
Se olharmos para os apartamentos, verificamos que Lisboa sofreu uma quebra de 76% na oferta: de 51.605 em 2022 para 12.329 em 2023. Já em Portalegre, por exemplo, o ano terminou com menos de 100 apartamentos disponíveis. Se, no final de 2022, havia 391 imóveis desta tipologia, no final de 2023 eram apenas 71.
No caso das moradias, o distrito do Porto voltou a ser aquele com mais imóveis disponíveis. No entanto, também aqui houve uma quebra relevante, superior a 80%: de 8.788 no final de 2022 para 1.732 moradias no final de 2023.
Aqui, tal como nos apartamentos, Portalegre foi a capital de distrito com menos oferta. O ano terminou com 195 moradias no mercado, um recuo de 74% em relação às 750 no final de 2022.
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