James Brown não poderia tê-lo dito de melhor forma: “This is a man's world, but it wouldn't be nothing without a woman or a girl.” Felizmente, o mundo continua a mudar e o que outrora era percecionado como uma ‘tarefa masculina’ tem a lista cada vez mais reduzida.

A plataforma de serviços que permite encontrar ajuda no mesmo dia, TaskRabbit, está a revolucionar as tarefas do dia a dia ao ligar instantaneamente pessoas a Taskers qualificados para os ajudar com biscates ou recados, de forma a que possa aumentar a produtividade, todos os dias. Qualquer pessoa, homem ou mulher, pode juntar-se à plataforma e tornar-se um Tasker, ajudando outros a ganhar mais tempo para si.

No entanto, os chamados serviços faz-tudo ainda ocupam o topo das listas de tarefas associadas ao homem. Pequenos reparos em casa, como trocar uma lâmpada, ou arranjar uma torneira que pinga, ainda tendem a ser encarados como uma tarefa masculina, e o mesmo se aplica à montagem de mobiliário ou fixação de um quadro na parede.

O Sapo Lifestyle conversou com mulheres Taskers, que são ‘faz-tudo’ a tempo inteiro, sobre como é fazer parte de um setor tradicionalmente masculino.

“As pessoas estão normalmente à espera de um homem”

Samara e Marlene são Taskers desde 2020, ano em que a TaskRabbit chegou a Portugal. E, embora estejamos em pleno século XXI, ambas começaram por referir que, de tempos a tempos, ainda recebem a mesma reação por parte dos clientes: “Estava à espera de um homem ou de uma equipa [masculina].”

“De todos os episódios, as diferentes caras surpresas quando eu apareço, uma vez que não sou a equipa de homens que estavam à espera (sim, já ouvi várias vezes isto), também já me perguntaram se tenho ferramentas, como se vivêssemos num mundo onde não se vendem ferramentas a mulheres,” conta Marlene, acrescentando que leva sempre estas conversas com humor.

Marlene, Tasker na TaskRabbit
Marlene, Tasker na TaskRabbit Marlene, Tasker via TaskRabbit créditos: TaskRabbit

Samara também recorda um episódio semelhante: "infelizmente, ser mulher continua a ser um preconceito. Por exemplo, tive um pedido para montar um guarda-roupa grande e quando se aperceberam que tinham reservado uma mulher Tasker, cancelaram o serviço e o trabalho acabou por ser realizado pelo meu namorado, que também é Tasker e disse ao cliente que sabia que a tarefa já tinha passado por outra pessoa.”

“Tenho orgulho no meu trabalho”

As duas Taskers tendem a encarar estas situações com uma atitude positiva, mencionando que a maioria das pessoas acaba por reconhecer o seu trabalho. “Consigo montar peças de mobiliário de uma divisão inteira sozinha, ou mesmo da casa toda - como já aconteceu!”, diz Samara.

Já Marlene diz que as suas avaliações falam por si. Na realidade, a Tasker viu na plataforma do grupo IKEA uma forma de aumentar o seu portfólio de clientes, uma vez que já prestava serviços faz-tudo.

Tanto a Samara, como Marlene, disponibilizam na app da TaskRabbit serviços de montagem de mobiliário, pequenos reparos elétricos, fixações, entre outras tarefas. Enquanto um marketplace bilateral, a TaskRabbit ajuda a criar novas oportunidades de trabalho, permitindo às pessoas construir um negócio e ganhar um extra.

Os Taskers definem as suas próprias tarifas e recebem 100% do que cobram, e 100% de quaisquer gorjetas. Em Portugal, os Taskers podem, em média, ganhar mais do dobro do salário mínimo nacional, sendo que o Tasker mais bem sucedido do país já ganhou mais de 49.000 euros até à data.

“Apoiamos fortemente os nossos microempresários. A TaskRabbit orgulha-se de ouvir estas histórias de empoderamento e de como a nossa plataforma contribuiu para a sua construção. Encorajamos todas as pessoas que têm uma habilidade a juntarem-se à nossa comunidade de Taskers, independentemente da sua raça, etnia, idade, sexo, religião, orientação sexual, identidade de género, deficiência e outras origens diversas. Juntos, podemos ajudar a revolucionar o trabalho do dia a dia,” refere Cátia Durão, Tasker Success Manager Europe, TaskRabbit.