Ando há alguns meses a tentar escrever sobre o ano de 2018. Percebi e senti desde janeiro que seria um ano forte, diferente e intenso nas suas propostas de evolução. Tanto os números como os planetas previam já cenários transformadores e preparavam-nos para a intensidade e ameaças às nossas zonas de conforto. Mas da previsão à vivência vai muito e acredito que todos podemos afirmar hoje que não somos os mesmos de há um ano.

Há muitos anos que a minha paixão é escrever sobre o que vivo, o que aprendo, o que vou descobrindo e percebendo e o facto de já estarmos em novembro e ter feito já os meus redondos 50 anos, é chocante. Só agora consegui parar o suficiente para escrever sobre a intensidade com que este ano foi vivido, a resiliência necessária diária, a capacidade de adaptação permanente às mudanças e propostas, que nem sempre me permitiram escrever tanto como gostaria e como preciso. Os desafios pessoais e a responsabilidade de em consulta, contribuir positivamente para o entendimento da história de cada um, fez deste ano um ano de imenso crescimento que daria sem dúvida mais um livro. Mas primeiro há que acabar o que entretanto ficou em suspenso em março e que só agora percebo as revisões que vou ter que lhe fazer.

De entre muitos outros aspectos relevantes, talvez a vibração 11 do ano de 2018 e Saturno em Capricórnio, tenha feito deste ano, um ano de paragem, um ano de acertos karmicos, um ano de consciência e crescimento pessoal, um ano de cura e iluminação de sombras e por isso um dos anos em que mais senti mas menos escrevi...

Se as estatísticas micro das minhas consultas representam um espelho da macro realidade do mundo, acredito então que muitos, mais ou menos conscientes do seu processo espiritual, tiveram como eu, um ano intenso, cheio de propostas desafiantes, de limites e forças testadas, de mudanças radicais, de mortes e renascimentos mas também de superação, conquista e crescimento, que foram afinal idênticas a muitos de nós.

Claro que os mapas astrológicos e numerológicos são pessoais e únicos. Claro que cada um de nós está a viver realidades pessoais, propostas de trânsitos e anos pessoais diferentes, mas não nos podemos esquecer que mesmo observando a diversidade, também há muito que nos une e é igual para todos nós como por exemplo as propostas e desafios da viagem de evolução espiritual.

Pior do que sentirmos as dores de crescimento normais da viagem de evolução, é vivê-las sem entendimento, é não fazerem sentido, é vermo-las como castigos divinos ou acreditarmos que somos vítimas dos outros e do azar e que estamos sozinhos na nossa dor.

O processo de cura é precisamente a consciência de que os desafios são inteligentemente estudados e fazem parte da nossa proposta do momento. Tal como o professor prepara carinhosa e inteligentemente o teste para que o aluno o supere e avance para nos desafios, assim faz a vida connosco e por isso, aprendermos a perceber os testes e as propostas da vida é essencial para que lhes demos resposta positiva e assim as superemos. Rico ou pobre, doente ou saudável, mestrado ou analfabeto, todos estamos sujeitos aos desafios da evolução.

A vitimização, a culpa pessoal ou projetada, a negação, os conceitos de sorte e azar, o julgamento e a sensação de injustiça são sinais de desconexão espiritual, são ainda velhos mecanismos de sobrevivência de um ego que ainda não reconheceu a responsabilidade espiritual sobre aquilo que cria e aquilo que atrai.

Uma constante nas sessões deste ano foi precisamente a identificação destes mecanismos e o resgate do poder pessoal essencial à cura da medieval e religiosa visão do mundo, à responsabilização sobre padrões karmicos herdados de vidas passadas e ao abrir de novas realidades alinhadas com o nosso propósito atual.

Concordo que parece mais fácil dito do que feito! Mas quem passa pelas consultas mostra que é possível e precisamos começar por algum lado. Deixo assim uma sugestão de trabalho de consciência que resume bem o que foi trabalhado por muitos e por mim própria ao longo deste longo ano.

A viagem de evolução implica o equilíbrio e harmonia entre as necessidades da personalidade exterior e o processo de evolução da alma a nível interior.

Ou seja, o ideal seria a cada necessidade da alma a nível interior, a personalidade responderia e agiria de acordo satisfazê-la e experienciá-la no mundo exterior. Exposta às infinitas tentações da realidade exterior, a personalidade receberia orientação da alma para ir buscar as experiências que façam sentido ao processo pessoal de evolução espiritual e rejeitar as que não façam.

Embora esta seria a atitude ideal, a maior parte de nós, devido à ignorância espiritual em que vive, é ainda incapaz de gerir positivamente estas duas “partes”. O resultado é vermos a nossa personalidade desconectada da nossa alma, ambas a viverem experiências que nem sempre fazem sentido pois não são escolhidas consciente e positivamente.

Casamentos e empregos mantidos à força, por medos e inseguranças. Curas não feitas por ignorância sobre as leis universais e as questões karmicas. Desilusões a todos os níveis que mais não são do que fruto de ilusões de insistirmos em querermos ver o mundo e os outros como perfeitos. Imagina-te então a entrevistar essas duas partes dentro de ti.

Numa conversa com a alma procura descobrir o que ela aspira, o que a inspira, o que ela precisa e veio à vida presente experienciar. Amor próprio, alegria, coragem, assertividade, fé, crescimento emocional, criatividade? Tu saberás dentro de ti as que mais aspiras e quais te fazem mais sentido experienciar.

Numa conversa com a personalidade procura descobrir onde ela tomou decisões sem consultar a alma, onde ela se mantém à força em experiências sem qualidade apenas a troca de dinheiro, segurança ou companhia. Será o medo, a necessidade de segurança material, o desejo de reconhecimento, razão ou poder, a opinião e validação dos outros?

Tu saberás dentro de ti onde te prendeste sem qualidade e respeito pessoal e onde terás que considerar um processo de morte e renascimento.

Seja a sair deste ano ou a entrar num novo, o meu desejo é que vivas mais consciente, que te lembres do teu poder pessoal e de como cada escolha te irá devolver as consequências da mesma. Que possas então sempre escolher com qualidade e consciência a favor da tua harmonia interior e amor pelas tuas duas partes.

Festas Felizes
Vera Luz

Sobre a autora:

Vera Luz, Autora e Terapeuta de Regressão e Orientação Espiritual.
Há mais de 15 anos a relembrar a cada um o propósito por trás dos eventos da vida, a desvendar a história karmica de cada um, de maneira a vivermos conscientes e em abundância.

É autora dos livros:

- “Regressão a vidas passadas”
- "Do Drama para o Dharma”
- "A cabeça pergunta a Alma responde”
- “Acorda o Teu Poder Interior”
- “Uma Nova Visão do Mundo”
- “Oráculo”
e das cartas;

- “Tarot da Alma”
- “As Cartas da Determinação”
- “As Cartas da Gratidão”
Consultas;
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