A organização não-governamental internacional World Wide Fund for Nature, mais conhecida pela sigla WWF, tem trabalhado incessantemente para conseguir duplicar a população mundial de tigres até 2022 e, a partir de agora, conta com um apoio de peso, a Kenzo. A marca francesa fundada, em 1970, pelo estilista japonês Kenzo Takada, que tem atualmente como diretor criativo o português Felipe Oliveira Baptista, natural dos Açores, desenvolveu uma coleção cápsula que apela à proteção dos tigres selvagens.

À venda a partir de dia 28, a nova linha Kenzo x WWF integra "t-shirts, hoodies e peças de vestuário essenciais em GOTS, algodão orgânico certificado, com o novo tigre da Kenzo", informa a marca de moda em comunicado de imprensa. Por cada peça vendida, a etiqueta, que atualmente integra o grupo empresarial LVMH, que também detém a Christian Dior, a Fendi, a Marc Jacobs, a Chloé e a Givenchy, compromete-te a entregar 10 dólares, cerca de 8,50 euros, à organização não-governamental internacional.

Esta iniciativa solidária não se esgota, todavia, aqui. Segundo a empresa, a partir de agora, de seis em seis meses, será lançada uma nova coleção cápsula para continuar a angariar verbas para a causa da WWF. "Espero que consigamos alertar a nossa indústria, que é responsável por muitos dos danos ambientais atuais [do planeta para o problema]. Penso que isso é vital", sublinha o estilista açoriano, que em 2018 abandonou a Lacoste, para onde tinha entrado em 2010 e onde também desenvolveu um projeto semelhante.

Antes de sair, Felipe Oliveira Baptista criou uma linha exclusiva de polos para a marca, substituindo o icónico crocodilo do logotipo por 10 espécies de animais em perigo de extinção, como é o caso do lince-ibérico, da foca-monge-do-havai, do tigre-de-sumatra, do condor-da-califórnia ou ainda do rinoceronte-de-java. Parte das vendas reverteu a favor da organização ambiental International Union for Conservation of Nature (IUCN). Em julho de 2019, foi contratado pela Kenzo para substituir Carol Lim e Humberto Leon.