
Esta é uma dúvida muito comum entre os consumidores: afinal, os medicamentos genéricos funcionam tão bem quanto os de marca? A resposta é sim – os genéricos são tão eficazes quantos os medicamentos de referência, e há critérios rigorosos para garantir isso.
Em Portugal, o Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P. exige que todos os medicamentos genéricos passem por testes que comprovem a sua bioequivalência com o medicamento de referência. Isso significa que este necessita ter a mesma quantidade do princípio ativo, ser absorvido pelo organismo de forma semelhante e produzir o mesmo efeito terapêutico.
A diferença está, em geral, no preço e na apresentação. Os genéricos não utilizam nomes comerciais e têm embalagens mais simples, o que reduz os custos. Além disso, como não investem em pesquisa e marketing – já que se baseiam em fórmulas já existentes –, conseguem ser vendidos por valores mais baixos.
Mas por que ainda se verifica esta desconfiança? Muitas vezes, é por falta de informação ou por experiências isoladas com marcas específicas. Vale a pena lembrar que, assim como os medicamentos de marca, os genéricos também são sujeitos a controlos de qualidade, e qualquer problema deve ser comunicado ao Infarmed.
Outro ponto importante: a eficácia de qualquer medicamento, genérico ou não, também depende do uso correto, da orientação médica apropriada e da rigorosa adesão ao tratamento.
Portanto, se tem uma receita, pode escolher com tranquilidade um medicamento genérico. É uma opção segura, eficaz e económica.
Um artigo do médico Ricardo Moutinho Guilherme, especialista em Medicina Geral e Familiar e especializado em Medicina Estética e Antienvelhecimento na ClínicaLab – Cascais.
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