O tratamento com anticorpos, denominado AZD7442, pretendia prevenir e tratar a doença, mas não deu resultado.

"O teste não alcançou o objetivo principal de prevenir os casos sintomáticos de COVID-19 depois da exposição ao vírus", afirmou a AstraZeneca em comunicado.

O tratamento estava na fase 3 de desenvolvimento, ou seja, testes clínicos em larga escala para medir a segurança e eficácia.

Os 1.121 participantes eram adultos com mais de 18 anos que não estavam vacinados e que foram expostos a uma pessoa infetada durante os oito dias anteriores.

O tratamento reduziu o risco de desenvolver COVID-19 com sintomas apenas em 33% dos participantes.

Os testes para avaliar o fármaco em pacientes antes da exposição ao vírus e nas pessoas que desenvolveram formas graves continuam.

O desenvolvimento do tratamento é financiado pelo governo dos Estados Unidos, que assinou acordos com a AstraZeneca para receber até 700.000 doses este ano.

No total, o valor dos acordos com o governo dos Estados Unidos para o desenvolvimento do tratamento e das doses em 2021 alcança 726 milhões de dólares.

No comunicado, a AstraZeneca indica que está em conversações "sobre os próximos passos com o governo dos Estados Unidos".

A AstraZeneca continua a enfrentar problemas com a sua vacina contra a COVID-19, suspensa em vários países europeus depois de alguns problemas sanguíneos registados em pessoas vacinadas.

Uma fonte da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) chegou a afirmar que a melhor opção seria suspender a vacina da AstraZeneca contra a COVID-19 para todas as faixas etárias quando há alternativas disponíveis.

Ao mesmo tempo, um estudo publicado na segunda-feira pelas autoridades de saúde britânicas afirma que duas doses das vacinas Pfizer/BioNTech ou AstraZeneca/Oxford protegem em mais de 90% contra as hospitalizações depois de contrair a variante Delta do coronavírus, registada pela primeira vez na Índia.