Portugal regista esta terça-feira mais 18.135 casos de COVID-19 e 55 óbitos associados à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

Desde março de 2020, morreram 20.620 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 3.111.858 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 30.112 casos de recuperação nas últimas 24 horas. Ao todo há agora 2.554.403 doentes recuperados da doença em Portugal.

A região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) é a área do país com mais novas notificações, num total de 30,8% dos diagnósticos.

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 8.598 (+19), seguida do Norte com 6.297 óbitos (+17), Centro (3.653, +10) e Alentejo (1.151, +3). Pelo menos 664 (+1) mortos foram registados no Algarve. Há 177 mortes (+1) contabilizadas na Madeira. Nos Açores registam-se 80 (+4) óbitos associados à doença.

Internamentos descem

Em todo o território nacional, há 2.270 doentes internados, menos 94 face ao valor de ontem, e 147 em unidades de cuidados intensivos (UCI), menos um face ao dia anterior.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 536.835 casos ativos da infeção em Portugal — menos 12.032 do que ontem — e 574.788 pessoas em vigilância pelas autoridades — menos 14.501 do que no dia anterior.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

A região do Norte é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 1.193.144 (+5.247), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (1.104.515 +5.592), da região Centro (460.711 +4.011), do Algarve (124.380 +981) e do Alentejo (108.356 +1.132).

Nos Açores existem 48.691 casos contabilizados (+629) e na Madeira 72.061 (+543).

O que nos diz a matriz de risco?

Portugal apresenta uma incidência superior a 4.989,6, casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 0,81. Com estes valores, o país mantém-se fora da zona de segurança da matriz de risco.

No território continental, o R(t) fixou-se nos 0,80. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Imagem do boletim da DGS
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Faixas etárias mais afetadas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 13.358 (+35) registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (4.460, +10), entre 60 e 69 anos (1.897, +9) entre 50 e 59 anos (610, +1), 40 e 49 anos (215, =) e entre 30 e 39 anos (55, =). Há ainda 19 mortes registadas entre os 20 e os 29 anos, três (=) entre os 10 e os 19 anos e três (=) entre os 0 e os 9 anos.

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 10.846 são do sexo masculino e 9.774 do feminino.

A faixa etária entre os 40 e os 49 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 542.821 infeções (+2.934), seguida da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 494.703 (+2.595), e da faixa etária dos 20 aos 29 anos com, 479.517 (+2.400). Logo depois, surge a faixa etária entre os 10 e os 19 anos, com 414.310 (+3.000) reportadas. A faixa etária entre os 50 e os 59 anos tem 373.224 (+1.902), entre os 0-9 anos soma 323.149 (+2.070) e a dos 60 e os 69 anos tem 227.705 (+1.436) infeções reportadas desde o início da pandemia. Por último, surge a faixa etária dos 70 aos 79 anos, que totaliza infeções 134.531 (+1.009) e dos 80 ou mais anos, com 121.898 (+789) casos.

Desde o início da pandemia, houve 1.451.658 homens infetados e 1.647.433 mulheres, sendo que se desconhece o género de 2.767 pessoas.

Vídeo - O que é que as vacinas têm feito por nós?

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

OMS avisa que ómicron se espalha no leste europeu com menos vacinados

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou hoje que a variante ómicron da COVID-19 está a espalhar-se na Europa de Leste, onde nas últimas duas semanas o número de novas infeções duplicou e há um menor nível de vacinação. "Nas últimas duas semanas, os casos de COVID-19 mais do que duplicaram em seis países desta parte da região (Arménia, Azerbaijão, Bielorrússia, Geórgia, Federação Russa e Ucrânia). Como se previu, a vaga de ómicron está a mover-se para leste: 10 estados membros já detetaram esta variante", disse o diretor europeu da organização, Hans Kluge.

Num comunicado apresentado numa reunião virtual com os media desses países, Hans Kluge lembrou que “a vacinação continua a ser a melhor defesa contra doenças graves e morte para todas as variantes atuais do vírus COVID-19 que circulam”.

"No entanto, muitas pessoas em maior risco permanecem desprotegidas: menos de 40% das pessoas com mais de 60 anos na Bósnia Herzegovina, Bulgária, Quirguistão, Ucrânia e Uzbequistão completaram o plano de vacinação covid-19", lembrou.

Hans Kluge acrescentou que a Bulgária, a Geórgia e a Macedónia do Norte também estão entre os países onde menos de 40% dos profissionais de saúde receberam pelo menos uma dose da vacina contra a COVID-19.

“Peço aos governos, autoridades de saúde e parceiros relevantes que examinem de perto as razões locais por detrás da menor procura e aceitação de vacinas e projetem intervenções personalizadas para aumentar as taxas de vacinação com urgência, com base em evidências específicas de cada contexto”, acrescentou.

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