A existência de um foco de COVID-19 no Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa foi avançado hoje pela diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, na conferência de imprensa diária da DGS sobre a pandemia.

Num comunicado enviado à agência Lusa, o Instituto Português de Lisboa Francisco Gentil (IPO de Lisboa) afirma que os casos foram diagnosticados no âmbito das ações de rastreio e das medidas de contenção realizadas pelo IPO.

Até ao dia de hoje, o IPO Lisboa realizou cerca de seis mil testes, tendo sido testados 2.700 doentes e mais de 1.500 prestadores, incluindo prestadores externos.

“No âmbito das medidas mencionadas, no início desta semana foram identificados dois casos de covid-19 em profissionais do Serviço de Hematologia”, refere o IPO.

O comunicado adianta ainda que de acordo com o protocolo instituído no IPO Lisboa, foram rastreados os profissionais do Serviço de Hematologia e todos os doentes internados, tendo-se confirmado a presença de infeção em mais seis profissionais, o que perfaz oito profissionais infetados (três médicos, três enfermeiros e dois assistentes operacionais) e em 12 doentes.

O IPO Lisboa afirma que “acionou imediatamente as medidas de contenção previstas no seu plano de contingência, tendo os doentes com infeção já tido sido transferidos para outras unidades do Serviço Nacional de Saúde, encontrando-se em situação clínica estável”.

Os doentes do Serviço de Hematologia com resultados negativos permanecem internados no IPO Lisboa.

“O Hospital mantém o normal funcionamento, devendo os doentes manter as consultas e os tratamentos agendados que estão a ser prestados em condições de segurança”, assegura o IPO.

O IPO de Lisboa refere ainda que tem instituído desde o início da pandemia por covid-19 um conjunto de medidas preventivas que permitem assegurar e garantir a prestação dos cuidados assistenciais aos doentes oncológicos em condições de segurança e com reduzido impacto no normal funcionamento do instituto.

De entre os procedimentos aplicados, destaca-se a realização de testes de diagnóstico de covid-19 aos doentes que fazem tratamentos de quimioterapia e radioterapia, que vão realizar cirurgia ou exame médico invasivos e a todos os que necessitam de internamento ou apresentam sintomas suspeitos.

Simultaneamente, o instituto implementou um programa de rastreio a todos os profissionais, refere o instituto.

Portugal contabiliza pelo menos 1.523 mortos associados à covid-19 em 37.672 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).