Os homens que perdem menos cabelo correm menos riscos de contrair cancro da próstata, afirma um estudo da Universidade de Medicina de Washington nos Estados Unidos da América (EUA). A explicação pode estar no nível de testosterona. Os investigadores analisaram 2.000 homens entre os 40 e os 47 anos e notaram uma aparente ligação entre a calvície (associada a um elevado nível de hormonas masculinas) e um risco mais alto de vir a ter cancro da próstata.

Em contrapartida, aqueles que apresentaram os primeiros sinais de calvície cedo, até aos 30 anos, tinham um risco entre 29% e 45% maior de desenvolver esta patologia. Charles Ryan, professor do Departamento de Medicina da Universidade da Califórnia, também nos EUA, correlaciona as duas variáveis, pelas mesmas razões, apontando a alopecia androgénica, queda progressiva de cabelo muito comum, como fator de risco.

Nesse sentido vai também uma investigação do National Cancer Institute nos EUA. Depois de acompanharem 40.000 homens entre os 55 e os 74 anos durante três anos, os cientistas continuaram a segui-los nos três anos seguintes e verificaram que os que tinham perdido cabelo antes dos 45 anos tinham 40% mais probabilidades de vir a sofrer da doença. Nesse período, foram registados 1.138 casos de cancro. Em média, surgiram por volta dos 72 anos.

A percentagem de cura do cancro da próstata é de 90% quando identificado e tratado precocemente. Para que assim seja é essencial que se façam exames de diagnóstico periódicos que permitam detetar a doença o quanto antes, mesmo não existindo qualquer sintoma. O cancro da próstata é assintomático no seu nível inicial e, por isso mesmo, é recomendado que os homens façam exames urológicos anualmente a partir dos 50 anos ou dos 45, no caso de existirem antecedentes familiares.