No último ciclo lunar de lua nova iniciamos uma etapa de reestruturação do controle da personalidade em manter padrões escondidos de si próprio, despir literalmente o medo de esse encontro com as verdadeiras mecânicas manipulativas e auto sabotadoras da realização do EU.
Experiências foram vividas, eventos, pessoas , acontecimentos de várias ordens deram o campo de experiência, assim se processa a evolução da forma humana… devemos ter em conta que essas mesmas experiências revelam onde o ser tem medo de sentir , vulnerabilizar, tem medo de ter um contacto autêntico com o mundo do arquétipo da criança interior, a persona criou tantos mecanismos para não se confrontar com a sua sombra, que são os aspectos doentes da criança que não foi nutrida , que chegou a um ponto de não saber como é dominada por esses instintos de defesa reactiva.
Este ciclo lunar devolve uma clareza, se assim nos permitirmos, de como esses padrões vão arranjar todo o tipo de justificações no exterior para não se confrontar com a sombra instintiva de defesa inconsciente… claro que isto é no abstracto e pode ir desde a paralisação até à reactividade explosiva… não interessa qual a via que utiliza, a questão é onde está a projectar que o exterior é que é culpado pelo situação, onde está a desresponsabilizar-se pela construção de outra realidade.
São formatos cristalizados em valores e crenças de que se reagir de determinada forma não tem que interagir com o exterior e confrontar-se com a sua própria sombra, os seus instintos manipulativos de defesa e onde a criança interna se vai sentir-se completamente desprotegida.
São estruturas muito bem cristalizadas nos aspectos de carácter da personalidade e que agora se iniciou a desconstrução dessas falsas defesas, ou seja aquilo que o ego manipula para obter segurança vai-se tornar na própria auto captura, algo, alguém, alguma circunstância vem derrubar essa ilusão de que consegue controlar a situação.
Vou criar um cenário como um exemplo entre milhares, pois cada pessoa tem os seus mecanismos de ilusão de defesa…
Imaginem uma criança que toda a vida lhe disseram que tinha que estar sempre a fazer as coisas como achavam que tinha que aprender a ser, que fazia tudo mal e que tinha que fazer de determinada maneira, por um lado cria um complexo inconsciente de insubordinação, mas como é criança e tem que obedecer, começa o jogo de manipulação como é que vai conseguir ser amada e puder ser quem é… tudo isto está a construir ou uma rebeldia ou uma auto desvalorização, ou ambas… em adulto isso vai-se manifestar em aspectos de carácter manipulativos para ser amada, ser aceite, ser valorizada, mas existe um vazio, uma lacuna no amor e busca inconscientemente isso em tudo para assim sentir-se segura… revoltar-se para ser autónoma ou desvalorizar-se para ser amada… ambas atitudes devolvem frustração .
Senti que vos devia dar um exemplo prático , para entenderem o desapego a deixar de querer controlar o contacto directo com as estruturas que ficaram com alicerces muito fracos no amor , no receber segurança… enquanto não se contactar directamente com essas estruturas internas não vamos receber o que traria equilíbrio e bem estar.
São estas estruturas internas que estão a ser expostas agora para pudermos começar a construir uma identidade mais segura, autónoma , sem dependências , para isso à uma necessidade evolutiva de exposição das feridas onde a criança não se sentiu segura, foi desvalorizada a sua autonomia, teve que arranjar defesas e esquemas para sobreviver ao que sentia e só a partir deste contacto interno, de nós connosco próprios, podemos começar a cuidar, criar uma plataforma segura no exterior, para ir fazendo com calma essa restruturação da identidade … a dita plataforma saudável de sabermos cuidar das nossas inseguranças mas sem a violência que o próprio processo de auto desvalorização de identidade implica ter de viver para libertar.
Roma e Pavia não se construíram num dia, grão a grão enche a galinha o papo… com calma, perseverança e amor próprio, vai-se aprendendo sobre o desapego aos aspectos defensivos , reactivos, mas deve-se primeiro deixar que se revelem na totalidade , é isso que está doente no ser humano, o medo de sentir onde está a manipular para o ego se sentir seguro… tem sempre uma criança nos alicerces de dependência e inconscientemente o adulto vai usa-los sem se aperceber… cria formas de sobreviver dentro do seu próprio padrão e vive em exaustão para conseguir manter minimamente essa segurança… cansa , retira vitalidade, adoece, não permite receber mais do que acredita que tem que lutar… nada floresce saudavelmente assim, tudo é um esforço frustrado na vida…
Ser autónomo requer sentir totalmente onde não pode ser porque apega-se a crenças de defesa para se sentir bem e claro que lá fora a experiência da vida e tudo o que a envolve está a espelhar este mecanismo interno a que se apegou.
Voltemos ao mesmo exemplo que dei anteriormente, imaginem que o projecto de alma é libertar-se da necessidade de dar o grito de rebeldia para mostrar que é autónomo e faz o que quer… as situações da vida vão fazer com o ego se sinta encurralado pelos eventos, pessoas, circunstâncias e manter o mesmo padrão, eu tenho que ser livre sendo rebelde, revoltado… mantém-se o mesmo cativeiro da alma e a personalidade cada vez mais frustrada.
Qual o desapego neste caso?
Sentir a revolta que envolve o mecanismo daquela criança interior, habituou-se que é pela revolta que se liberta, é aí que está o seu apego à crença sobrevivente.
Este é um exemplo prático de um formato inconsciente que mantém uma forma de apego à defesa… em nada vai dar enquanto não contactar com a necessidade de se revoltar e mudar essa atitude.
Cada mapa me revela um mecanismo muito único de formatos de apego inerentes ao carácter, eles vão sendo restruturados por camadas, ás vezes até me parecem um labirinto, pois uma mecânica esconde outra por de trás… é aqui que não devemos querer apressar o resultado final, pois na verdade isso é uma ilusão taurina, querer logo ver tudo resolvido para usufruir… isso vai-se construindo tijolo a tijolo, um dia de cada vez, sem perder o enfoque interno de se permitir sentir tudo o que está a envolver como espelho de si no exterior a cada instante, a cada momento.
Eis o ciclo búdico da consciência sensorial interna, onde se apega a esses padrões do ego e não sai desse registo, pois acredita que tem que manter esses níveis de controle e segurança , claro que tudo na vida lhe vai devolver o mesmo, é isso que tens que defender?... então recebe isso que acreditas que tens que defender.
Subtil não é e perverso na sua essência… então vamos lá encontrar –nos face to face connosco próprios e tudo o que envolve o nosso Ser interno.
Um Abraço em construção da Mestria que vem da calma e serenidade que um bom edifício se constrói com o devido respeito e empenho à construção do mesmo.
Ruth Fairfield
Incondicionalmente rendida ao Universo e às Leis da Vida
Sobre a autora:
Ruth Fairfield é meu nome e considero-me uma cientista cósmica, pois os astros sempre me encantaram desde muito nova, dedico a minha vida a criar dinâmicas de consciência da influência evolutiva do mundo da energia cósmica e como podemos acompanhar toda a transformação interna , gerir o livre arbítrio, com o mapa da estrada da vida, a matriz astrológica, a impressão digital da nossa alma...
Fiz a formação de astrologia no Quiron, escola de astrologia gerida por Maria Flávia de Monsaraz, várias formações com Alan Oken, José Luis de Nascimento e outros...
Criei uma forma de mesclar todo o conhecimento de astrologia Esotérica, psicológica, kármica e médica e criar uma leitura do movimento da energia num sentido pratico e dinâmico de forma a ajudar as pessoas a conhecerem-se, criarem autonomia e gerirem a sua mudança... a criarem vitalidade, vontade e entrega na sua vida quotidiana…
Incondicionalmente rendida ao Universo e às Leis da Vida....
Ruth Fairfield
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