Espiritualidade é simplesmente afinar as lentes com que vemos o mundo e ajustá-las a essas Leis.

Lá chegará o dia em que mais do que instruir o nosso ego a sobreviver num mundo competitivo, materialista e egoico, as escolas irão servir para nos preparar para questões práticas de sobrevivência e interação humana, com a Natureza e com os animais, assim como nos apoiar na viagem paralela de evolução espiritual que todos estamos a viver.

Quer seja a olhar para os astros, quer estejamos no meio da Natureza, no fundo do mar ou dentro de qualquer ser humano, não encontramos estagnação. Uma energia invisível mantém todo o Universo em permanente movimento e que é óbvia e visível no crescimento e desenvolvimento de um bebé na barriga da mãe ou no crescimento de uma planta vinda da terra, no movimento matemáticamente previsível dos Planetas ou simplesmente na beleza e equilíbrio natural que encontramos por exemplo num Oceano.

Quanto mais abertos e conscientes estivermos dessas Leis, mais nos apercebemos que esse movimento permanente tem um propósito nobre;

-      remover o que quer que nos impeça de expressar Amor.

Seja connosco próprios, na nossa vida, com os outros, com os animais, com a Natureza, seja dentro de nós ou nas relações com os outros,  enfim, o propósito é a expressão do Amor.

Mais cedo ou mais tarde, desde que devidamente alinhados com essas Leis Universais, começamos a perceber que por trás de todos os eventos e encontros, existe uma linha invisível que vai juntando pontos que, se vistos de longe, nos mostrariam uma lógica ou uma mensagem escondida.

Com as devidas lentes alinhadas com essa Fonte de Amor percebemos facilmente  como todos juntos nos revelam padrões que qualquer um de nós reconhece na sua vida e que estão também estampados no nosso mapa Astrológico. Veríamos como cada um desses eventos nos levou mais perto da nossa essência, do nosso Amor próprio e da nossa capacidade de amar e sermos livres.

-Mas se o nosso propósito é apenas o de expressar Amor, então o que afinal nos impede?

- O medo!

- Então mas porque é que existe o medo?

- Porque viemos experienciar a dualidade.

E o medo é o oposto do Amor.

Da mesma maneira que existe o dia e a noite, o feminino e o masculino, o positivo e o negativo, o Sol e a Lua, o Yin e o Yang,  existe o Amor e o medo.

Facilmente podemos arrumar as mais variadas emoções e reações humanas nestas duas colunas.

Qualquer um de nós saberia de que lado da lista poria o controle, a critica ou o perdão ou a fé certo?

Não é difícil, vistas as coisas assim, de repararmos à nossa volta e ver como uns andam a viver um pólo outros o outro. Uns andam a experienciar o medo outros o Amor. Numa situações vivemos um dos lados noutras situações estamos no outro.

E nenhuma está certa ou errada. Nenhuma é melhor do que a outra. Cada uma está apenas a viver o que, na sua história pessoal faz sentido e está previsto ser vivido naquele momento da sua história.

E como todos sabemos, não cabe a nós controlar tudo o que vem parar à nossa vida verdade?

Por exemplo, se às onze da noite telefonarmos a alguém, que vive na Austrália, ela nos dirá que está cheia de fome e que vai almoçar quando para nós são horas de dormir. Da mesma maneira que um momento de alegria extrema para nós está a ser um momento de dor para outra pessoa e se nos cruzássemos seria incorrecto julgar uma melhor do que a outra ou mais feliz do que a outra sem o devido enquadramento espácio-temporal. Ou seja, duas horas depois num outro evento a situação pode estar  invertida.

Quantas vezes nos chocamos com atitudes de outras pessoas precisamente porque as julgamos sob uma perspectiva bastante limitada tendo em conta que nada sabemos do seu percurso ou em que vibração elas estão no presente momento da sua viagem.

Partindo do principio que evoluir é precisamente ir acumulando experiencias para atingir o equilíbrio, e sabendo que se viemos experienciar a dualidade teremos que vivenciar os dois lados, menos sentido fará então julgar o que quer que seja ou quem quer que seja pois algures na nossa viagem TODOS iremos experienciar o MESMO.

Tal como uma mãe deixa uma criança na porta do parque e lhe diz, “vai e brinca, diverte-te, experimenta tudo, aprende, mais tarde nos veremos” acredito que também nós fomos ‘empurrados’ para a dualidade para experienciar a Unidade, ou seja, “tudo”.

E experienciar o equilíbrio da Unidade implica experienciar a Luz e a escuridão, o feminino e o masculino e por aí fora.

É o nosso ego que se identifica com a dualidade e com o medo. A nossa Alma irá sempre ver a vida pelos olhos da Unidade e do Amor. Cabe-nos então a nós ir corrigindo, ir escolhendo, ir ajustando as lentes sempre que elas fogem para a dualidade, para a divisão, para o medo e reaprender a ver o Amor, a Unidade e a Luz apenas possíveis com os olhos da Alma.

Façamos então uma análise das nossas vidas, do que temos em mão no momento, de que maneira estamos a lidar com a nossa realidade sabendo que podemos sempre ajustar as nossas lentes.

Bem hajam!

Vera Luz

Vera Luz, Autora e Terapeuta de Regressão e Orientação Espiritual:

Dou consultas de Regressão à Vida Passada, Criança Interior e Eu Superior.

Sou facilitadora do Workshop “Do Drama para o Dharma”, baseado no meu primeiro livro, onde nos propomos, através de vários exercícios e meditações, a um maior autoconhecimento e consciência de quem somos, donde viemos e o que andamos cá a fazer.

Há mais de 10 anos que o meu trabalho e compromisso é relembrar a cada um o propósito por trás dos eventos da nossa vida, trazer a Verdade ao de cima, ajudar cada um a sentir o lado sagrado da vida.

E mais importante ainda é lembrar sempre que:

"A mudança que tanto desejamos, tem que começar dentro de nós..."

Sou autora dos livros;

-     “Regressão a vidas passadas”

-    "Do Drama para o Dharma”

-    "A cabeça pergunta a Alma responde”

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