Há palavras que muitas vezes entram no nosso vocabulário diário e que seguimos mais porque ouvimos do que propriamente o real sentido delas.

Nos dias que correm com a cada vez maior fonte de informação e divulgação entre todo o mundo, termos orientais como Karma, Dharma, Namaste, Tantra e tantos tantos outros são utilizados no dia a dia, já começamos a perceber o seu sentido mais do que o seu significado.

Mas não é preciso ir ao Oriente para nos darmos conta de frases que ouvimos e repetimos desde pequenos, bem enraizadas na cultura ocidental e mesmo católica, mas que nem por isso agimos de acordo...

Por exemplo:

"Seja o que Deus quiser"

Independentemente do que Deus é para cada um, e tenho a certeza que se todos os que usam a frase regularmente fossem confrontados com a questão do que é Deus, teria com certeza respostas diferentes, o sentido permanece. Ou seja, é na impotência, no desespero, na rendição, na exaustão, na frustração que declamamos;

"Seja o que Deus quiser"

Depois de esgotar todas as tentativas de sobrevivência, o nosso ego desiste e entrega a Deus o melhor desfecho...

...e quem já não sentiu esse toque Divino precisamente à beira de grandes precipícios? Ou quando finalmente se rendeu a solução "mágicamente" apareceu?

A questão fica então, porque afinal afirmamos tão facilmente que "Seja o que Deus quiser" mas mantemos a força e a resistência que acaba por adiar o tão esperado "milagre"? Será que andamos todos a repetir uma frase com tanto significado e tão transformadora só da boca para fora sem atenção alguma à sua intenção verdadeira?

Metade da vida é o que nos acontece, a outra metade é como reagimos ao que nos acontece. E como diz a oração;

"Senhor, dá-me Serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar,

Coragem para mudar as que eu posso,

E Sabedoria para distinguir uma da outra".

Sem dúvida que há momentos que exigem uma atitude ou acção da nossa parte, viemos ao mundo transformar padrões e deles não podemos fugir, apenas adiar. Velhos comportamentos pedem novas acções.

Mas o que vem de fora, pede antes de mais aceitação e humildade pois o que nos chega nem é azar nem culpa seja de quem for. O que nos chega é atraído, faz parte, estava previsto e só irá ser superado quando for alquimizado.

Numa primeira fase lutamos, batemos espadinha, rogamos pragas, contornamos ou negamos de mil maneiras.

Só depois de esgotadas estas tentativas pela dor, perda e frustração, entramos então na porta certa onde finalmente nos vamos render e confiar que o desfecho será "Como Deus quiser".

Fica a proposta de estarem mais atentos a estes "desabafos" e a levarem-nos mais a sério!

Bem Hajam

Vera Luz

 

 

Vera Luz, Autora e Terapeuta de Regressão e Orientação Espiritual:

Dou consultas de Regressão à Vida Passada, Criança Interior e Eu Superior.

Sou facilitadora do Workshop “Do Drama para o Dharma”, baseado no meu primeiro livro, onde nos propomos, através de vários exercícios e meditações, a um maior autoconhecimento e consciência de quem somos, donde viemos e o que andamos cá a fazer.

Há mais de 10 anos que o meu trabalho e compromisso é relembrar a cada um o propósito por trás dos eventos da nossa vida, trazer a Verdade ao de cima, ajudar cada um a sentir o lado sagrado da vida.

 E mais importante ainda é lembrar sempre que:

"A mudança que tanto desejamos, tem que começar dentro de nós..."

Sou autora dos livros;

-     “Regressão a vidas passadas”

 -    "Do Drama para o Dharma”

 -    "A cabeça pergunta a Alma responde”

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