A Umbanda nasceu da fusão da religião africana trazida pelos negros nos tempos da colonização, a Nação, com a religião praticada pelos colonizadores Europeus, o Catolicismo, e a Pajelança, que era praticada pelos Índios no no Brasil.
A necessidade de preservar a cultura e a religiosidade, fez com que os negros associassem as imagens dos santos católicos aos seus Orixás, como forma de burlar a opressão religiosa sofrida naquela época, e assim continuar a praticar e difundir o culto as forças da natureza.
A esta associação, deu-se o nome de "Sincretismo Religioso", e nasceu no Brasil a religião Umbanda, com muitos preceitos e fundamentos da Nação, mas também com as imagens e menções aos santos católicos.
Além do culto as forças da natureza a religião africana, a Nação, também cultua os antepassados, e desta forma a Umbanda também o fez.
Os antepassados dos que praticavam e difundiam a religião naquela época eram reis, rainhas, príncipes, princesas e até gente comum trazidas ou não da África como escravos.
Estes espíritos desencarnados, são conhecidos por nós como Preto-velhos, muitos dos quais optaram por traçar a sua evolução espiritual através da prática da caridade, mantendo as características de sua última encarnação e incorporando em médiuns nos terreiros de Umbanda.
O mesmo se pode dizer sobre os espíritos de colonos, caboclos, índios, boiadeiros, crianças e até de pessoas comuns que tiveram uma passagem difícil pela terra, e que se juntaram a esta religião por afinidade, para evoluir e ajudar outros a evoluírem através da prática da caridade: Incorporando, dando passes, passando mensagens, medicando, orientando, protegendo, etc, etc...
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Estes grupos de espíritos estão na Umbanda "organizados" em linhas: Caboclos, Preto-velhos, Crianças e Exus. Cada uma delas com funções, características e formas de trabalhar bem específicas, mas todas subordinadas as forças da natureza que os regem, os ORIXÁS.
O nome Umbanda é a denominação dada a uma religião afro-brasileira que mescla ensinamentos do espiritismo kardecista, catolicismo e religões trazidas pelos escravos africanos.
A prática da Umbanda geralmente se vincula ao chamado pai ou mãe de santo, ou chefe de terreiro, uma pessoa que teria dons mediúnicos de incorporar os espíritos (as chamadas entidades), sendo estes espíritos de índios(caboclos), negros escravos ou não (pretos velhos, Pai Sebastião, Pai Joaquim, Pai Arruda, Tia Joana, etc), e outros.
Estas incorporações costumam ocorrer em reuniões (Giras) num aposento grande com um altar, que é chamado de Terreiro, onde os membros (filhos de santo) cantam, auxiliam o chefe de terreiro nos trabalhos e no atendimento de pessoas que vão lá para se consultar com a entidade.
Se estas reuniões ocorrem na rua, em matas, praias, ou exteriores em geral, são chamadas Obrigações, e nestas geralmente se deixam oferendas às entidades, como comida, flores, velas, etc.
Aquilo que as pessoas normalmente designam por "macumba", na verdade é o outro ramo do sincretismo afro-brasileiro, denominado Quimbanda ou Magia Negra, considerada pelos estudiosos no assunto como um desvirtuamento, pois é fundada na prática do mal, de feitiçaria com o objetivo de prejudicar a vida de supostos "inimigos", recorrendo a espíritos.
É importante, por isso, distinguir muito bem a diferença entre Umbanda e Quimbanda. Os seguidores da Umbanda verdadeira só praticam rituais de Magia Branca, ou seja, aqueles feitos para melhorar a vida de determinada pessoa, para praticar um bem, e nunca de prejudicar quem quer que seja.
Os espíritos da Quimbanda podem, no entanto, ser invocados para a prática do bem, contanto que isso seja feito sem que se tenha que dar presentes ou dinheiro ao médium que os recebe, pois o objetivo do verdadeiro médium é tão somente a prática da caridade.
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É um conjunto de leis divinas, que tem sua base nos Orixás africanos, embora tenha em sua doutrina conceitos de outras religiões, como a católica, a indígena, a muçulmana, a egípcia, a védica e outras.
A Umbanda é uma religião que nasceu no Brasil, trazendo em primeiro lugar os Orixás, Deuses Africanos trazidos pelos escravos.
Sendo a Umbanda uma religião com base espírita, pois acredita na reencarnação do espírito e na lei do carma, ela desenvolve um trabalho de ajuda espiritual, através dos médiuns, aparelhos de trabalho das entidades, guias que trabalham na caridade, nas giras de Umbanda, ensinando-nos a amar ao próximo, a ter fé e não nos desesperar diante dos problemas que a vida nos trás.
Possui na sua liturgia os rituais : casamento, batismo, confirmação, amaci, coroação e fúnebre. Todos esses rituais são realizados por entidades chefes, que são os responsáveis pela liturgia e magia na Umbanda.
A Umbanda cultua todos os Orixás do Candomblé, religião Africana que foi trazida para o Brasil pelos escravos, porém sua forma de cultuar é completamente diferente.
Na Umbanda, os Orixás são dados as pessoas como guardiões, isto é, todos são filhos de Oxalá, e alguns tem como guardiões outros Orixás que são ligados a entidade chefe do filho de fé.
Como seria isso, nós temos os nossos guias de trabalho e entre eles existe aquele que é o responsável pela nossa vida espiritual e por isso é chamado de guia chefe.
Um médium descobre o seu guia chefe através de uma obrigação muito importante para a Umbanda, que é o Amací. Essa obrigação é para médiuns já desenvolvidos, isto é, que incorporam todos os guias de trabalho na Umbanda. Consiste em uma lavagem da cabeça deste médium com um preparado de ervas e outros elementos que tornarão o Orí, cabeça, forte o suficiente para que esta entidade se apresente e confirme seus fundamentos, seu nome, o trabalho que veio desenvolver, seus fundamentos e o Orixá a que pertence.
Existe, também, na Umbanda o Orixá ligado a data de nascimento do médium que também é considerado um Orixá guardião, sendo esse responsável pela vida pessoal do filho de fé.
O termo Orixá de Coroa não pertence a Umbanda, e sim ao Candomblé, porém as vezes existe a coincidência do Orixá de coroa ser o mesmo do Orixá guardião, mas, como já disse, isso é uma coincidência a Umbanda não trata Orixá e sim o cultua de forma diferente do Candomblé e, por não cultuar todos os Orixás não pode definir Orixá de coroa. Para se saber o Orixá de coroa deve-se consultar os búzios.
O que acontece é que muitas vezes os Zeladores de Umbanda são, também, iniciados no Candomblé e sabem jogar os búzios podendo, assim, falar aos seus filhos os Orixás de coroa e os Orixás guardiões.
Pai Pedro de Ogum
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