Não precisa de gastar fortunas. A ideia de que o jardim é um espaço dispendioso não passa de um mito e a prova disso mesmo são as dicas que lhe damos de seguida para conseguir um espaço verde com poucos custos mas, ainda assim, atrativo, apelativo e irresistível. Descubra as espécies botânicas a que pode recorrer e também alguns comportamentos e truques que deve privilegiar para conseguir uma área ajardinada que convide à fruição e que simultaneamente seja um bálsamo para os olhos e para a alma.
1. Aposte em rosas arbustivas e resistentes
As rosas requerem, por norma, muita atenção e uma poda regular para a formação correta. As arbustivas são as menos exigentes no que à poda diz respeito e as mais resistentes a pragas e outros problemas. Constituem um grupo especial no seio das roseiras modernas e a maioria volta a florescer durante o ano.
No primeiro ano de plantação, estas variedades botânicas não devem, no entanto, sofrer cortes e, nos seguintes, deve podar apenas as partes que sobressaem do maciço. Nunca as restantes. Depois de ter as ferramentas bem limpas, para que se desenvolvam melhor, corte por baixo da segunda folha a partir da flor.
2. Invista em maciços cheios de bolbos
Os bolbos são ideais para jardins de baixa manutenção porque vivem muitos anos e multiplicam-se facilmente. Instale os bolbos em solo bem drenado para não apodrecerem. As bolbosas de floração primaveril, como as tulipas e os jacintos, são plantadas no outono e as de verão, caso das begónias e dos gladíolos, na primavera. No que diz respeito a outro tipo de plantas para formar maciços, evite as que se autossemeiam com facilidade e descure as variedades botânicas muito invasoras.
3. Plante árvores em vaso que necessitem de pouca poda
Se quer reduzir os trabalhos no jardim, evite os arbustos que requerem uma poda regular. Existem espécies, como o loureiro ou o medronho, que não requerem muito trabalho de poda, enquanto que outras, como a camélia ou a azálea, necessitam poda extra de floração. Valorize a plantação de arbustos de vida curta que necessitam de ser substituídos ao fim de poucos anos.
Também não cultive sebes formais, uma opção que se poderá vir a revelar mais dispensiosa. As sebes de Cupressus arizonica ou de buxo, por exemplo, necessitam ser bem podadas para manter a silhueta bem recortada, o que obriga a estar frequentemente de tesoura na mão ou a contratar alguém para fazer esse serviço. Em contrapartida, pode deixar crescer livremente as sebes informais.
4. Adote o mulching e rega automática
O mulching apresenta numerosas vantagens. Protege a terra do vento e do frio, conserva a humidade, evita a evaporação e minimiza o aparecimento de daninhas. Outra boa prática é utilizar a rega automática por gotejamento ou aspersão, dos sistemas localizados que administram água diretamente à planta. Se juntar adubos orgânicos ao solo, melhora a textura e a drenagem e aumenta a resistência ao calor, à seca e às pragas e doenças.
5. Reduza a superfície de relva
O relvado é um dos elementos naturais mais estéticos mas também o que mais cuidados e água necessita. Se não quer renunciar ao relvado mas também não é partidário de gastar tempo e dinheiro, reduza a superfície destinada à relva ou, em alternativa, opte por uma solução artificial à base de fibras que não necessitam de rega nem de adubo ou de cortes. Não é o mesmo que o relvado natural mas, pelo menos, constitui uma opção a ter em conta no caso de pretender poupar.
6. Adquira plantas fragrantes muito duradouras
Com o recurso habitual a plantas da época, é, posteriormente, necessário replantar em cada primavera e, passado o outono, ficam desnudadas e pouco estéticas durante os meses mais frios do ano. Em alternativa, para ultrapassar esta situação, cultive arbustos perenifólios, como o loureiro-real ou o buxo. Se considerar esta sugestão, conseguirá, assim, resolver o problema. Outra boa ideia é plantar coníferas anãs e aromáticas, que não requerem muita água nem outros cuidados de manutenção mais elaborados.
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