Não sabe há quanto tempo tem a mesma almofada? A sua escova do cabelo é antiga mas recusa-se a comprar outra? E os utensílios de cozinha? Também são os mesmos há anos? Então fique a saber se está ou não na altura de substituí-los! Alguns objetos domésticos têm um prazo de validade a ser respeitado, enquanto, em relação a outros, devemos ter em conta algumas especificidades que traduzem o seu estado.
Do quarto à cozinha, passando por utensílios que existem noutras divisões e que também podem prejudicar a sua saúde, aprenda qual é o tempo médio de duração de alguns dos objetos que temhabitualmente em casa, conheça as dicas para que estejam sempre em condições e fique, ainda, a par de alguns sinais de morte anunciada a que deve estar atento. Acabe de vez com as dúvidas que possa ter e livre-se deles.
1. Almofada
Uma almofada de látex ou viscoelástica pode durar em média 15 anos. O seu revestimento deve ser, por norma, substituído ao fim de cinco anos devido à transpiração. Acordar com dores cervicais pode ser um indicador de que não é adequada, pelo que poderá estar na altura de a mudar. Se dorme de lado, como muitos portugueses, escolha uma almofada que preencha o espaço entre o ombro e a cabeça, para evitar dores cervicais.
2. Colchão
Nos dias que correm, segundo a maioria dos fabricantes e das recomendações das principais organizações de saúde internacionais, devem ser substituídos de oito em oito anos. Algumas marcas, como a Emma, dão, todavia, 10 anos de garantia, um prazo que nunca deverá ser ultrapassado. No caso de apresentar deformações, que podem prejudicar a sua coluna e o seu descanso, deve substitui-lo de imediato.
3. Esponja de banho
Não tem um prazo de validade fixo. Quando se começa a desfazer, deve ser deitada fora, imediatamente. Conserve-a num local seco, fora do duche ou banheira, para que não acumule fungos ou humidade, dois dos seus principais inimigos.
4. Luva de banho
Também não tem um prazo de validade fixo, uma vez que pode ser feita de diversos materiais. Quando se começa a desfazer, deve ser deitada fora de imediato. Conserve-a num local seco, fora do duche ou banheira, para que não acumule fungos ou humidade.
5. Escova de cabelo
Tem uma validade média de um ano. As escovas de madeira têm uma duração superior às de plástico que, ao fim de poucos meses, devem ser substituídas. Deve ser trocada quando as pontas começam a ficar queimadas e os pelos começam a partir. Lave-a com champô e água fria, uma vez que a utilização de água quente a degrada.
6. Pincel de maquilhagem
Se for bem tratado, pode durar uma vida inteira. Os sinais de alarme são, por norma, a perda de pelos e deformações. Lave com champô neutro ou champô de bebé e enxugue com uma toalha grossa. Deixe secar na horizontal, para não deformar o pelo. Pode guardar os pincéis num copo, virados para cima, em locais pouco húmidos, ou numa carteira de cabedal própria para instrumentos de maquilhagem.
7. Lâminas
Não se aconselha uma utilização superior a seis meses. Se começam a enferrujar, devem ser deitadas fora. Não devem ser guardadas em espaços húmidos, sob o risco de ganharem ferrugem mais facilmente.
8. Escova de dentes
A validade apontada pela maioria dos dentistas oscila, em média, entre dois a três meses. Deve ser, por norma, trocada quando os filamentos exteriores deixam de ser paralelos e começam a divergir para fora. Quanto mais força empregar na escovagem, maior será a degradação da escova.
9. Palmilhas
Têm uma validade de cerca de seis meses. As palmilhas que se vendem na farmácia têm uma resistência maior por serem feitas à base de borrachas injetadas. Alterações na consistência da palmilha, nomeadamente perda de espessura e flexibilidade, seguida de degradação, são sinais de alarme.
Opte por ter dois pares de palmilhas, usando um nos dias pares e outro nos ímpares, para prolongar a sua duração. Se tem apenas um par, retire as palmilhas dos sapatos no final do dia e deixe-as secar e arejar, para evitar que se deteriorem, acumulem humidade e mau cheiro.
10. Piaçaba
Dura, em média, entre oito meses a um ano. Deve ser trocado quando os pelos começam a ficar gastos e a divergir e quando começa a ganhar um tom mais amarelado. A sua conservação vai depender da sua manutenção, devendo estar sempre limpa.
11. Utensílios de cozinha de madeira
A sua substituição depende da frequência e dos cuidados na utilização, na lavagem e na desinfeção. Alterações de cor, perda de lascas de madeira e porções queimadas são alguns dos sinais de alarme. Evite a sua permanência em zonas muito quentes, como a borda da panela. Após a lavagem dos instrumentos, mantenha-os bem secos.
12. Esponja de cozinha
Não existe um prazo definido. Depende dos cuidados de utilização de lavagem. Troque-a quando se começarem a soltar partículas e/ou se se tornar pegajosa ou escura. Lave-a após cada utilização e mantenha-a seca.
13. Tábua de alimentos
A validade depende da frequência, cuidados de utilização, de desinfeção e de lavagem. Substitua-a quando começar a ter um aspeto sujo e danificado. Use, idealmente, quatro tábuas de cores diferentes, uma para carne, outra para peixe, uma terceira para pão e uma quarta para produtos cozinhados. Lave, desinfete e seque sempre depois de a utilizar. Guarde-a num local limpo, longe do pó e de outras fontes de contaminação.
14. Esfregona
Se o uso for diário, dura, em média, três meses. Um pavimento mais áspero estraga-a mais. Deve ser trocada quando começa a não enxugar bem. Lave com detergente após utilizá-la e deixe-a secar com o cabo virado para baixo.
15. Extintor de incêndio
A validade de um extintor é definida pelo fabricante mas, em muitos casos, pode atingir os 15 anos. Os extintores com carga de água ou pó químico devem, todavia, ser inspecionados de 12 em 12 meses. Os extintores com carga de CO2, dióxido de carbono devem ser inspecionados todos os semestres, para verificar se houve perda da carga.
Se a perda da carga for superior a 10%, o extintor deverá ser recarregado. O ensaio hidrostático nos cilindros dos extintores dos prédios deve ser realizado de cinco em cinco anos. No caso de sofrer um impacto que possa ser considerado considerável e que possa comprometer o seu funcionamento, como por vezes pode suceder, esse prazo deverá ser reduzido.
Texto: Mariana Correia de Barros
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