Na primavera e no verão, os nossos jardins tornam-se verdadeiros oásis, com flores abundantes onde os pássaros e as abelhas procuram abrigo, água e alimento. Com o início da primavera e a chegada do verão, as necessidades hídricas vão variando, consoante o aumento de temperatura, as espécies de relvas e a redução da chuva, o que obriga a uma intervenção que previna os problemas que possam surgir.
Os diferentes tipos de relvados
Para sabermos como tratar o nosso relvado, é necessário distinguir dois grandes grupos de relvados, os de clima frio e os de clima quente. Os relvados de clima frio incluem festucas, poas e lólios, que se encontram no mercado em rolos de tapetes ou em sementes. Os de clima quente incluem bermudas, kikuios e gramas, disponíveis em rolos de tapetes e estolhos e, no caso de algumas espécies, em sementes.
Gestos a ter na primavera e no verão
Os relvados de clima frio, no início da primavera, têm um desenvolvimento radicular e foliar mais elevado. É aqui, nesta fase de transição do período frio para os meses de maior calor, que devemos escarificar e furar, se necessário, além de eliminar infestante, ressemear, fertilizar ou semear campos novos. Já os relvados de clima quente, exigem outras intervenções.
Como estes apresentam o seu maior desenvolvimento quer de raízes quer de folhas no verão, é aqui que devemos fazer as operações mecânicas de arejamento e de limpeza, mas também de escarificação, de furação e de descompactação de solo, bem como fertilizar e eliminar infestantes. É também nesta época que devem ser feitos os relvados novos, caso esteja a pensar enveredar por este caminho.
Os cuidados a ter quando semear ou colocar tapetes de relva
Quando semeamos ou colocamos tapete de relva, temos de fazer várias regas por dia, durante o período diurno, para manter o solo húmido, uma vez que o desenvolvimento radicular está a começar e as plantas não têm capacidade de ir buscar água muito fundo. É importante não esquecer que, uma vez por semana, devemos aplicar água com mais abundância para que haja sempre humidade no solo.
E também para que seja mais fácil compensar a água perdida por evaporação, lixiviação ou captada pelas plantas. Em manutenção, as regas devem ser feitas em profundidade e de modo que a água aplicada passe sempre a profundidade das raízes. As regas, sempre que possível, devem ser diurnas, de preferência no fim da madrugada, início da manhã, evitando-se o aparecimento de doenças e mantendo a planta hidratada.
Texto: Filipa Mateus de Almeida (engenheira agrónoma e consultora)
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