Os três pequenos machos de Leopardo-da-pérsia (Panthera pardus saxicolor) nasceram na madrugada de dia 23 de outubro, depois de uma gestação de cerca de três meses.
Câmaras de filmar foram previamente colocadas na instalação, tanto interior como exterior, o que permitiu acompanhar à distância a última fase de gestação da fêmea bem como o desenvolvimento das crias.
Segundo José Dias Ferreira, coordenador do programa europeu de reprodução desta subespécie de leopardo, "as crias estão saudáveis e já é possível observá-las a explorar a instalação exterior com Elin, uma excelente progenitora, muito protetora".
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De forma a sensibilizar para as ameaças que esta espécie enfrenta no habitat natural e para dar a conhecer um pouco sobre o Cáucaso, o vasto território de onde é originária, o Jardim Zoológico em parceria com a Mirpuri Foundation, padrinhos deste projeto, selecionou três nomes e desafia os visitantes a participar na votação disponível na página online do Zoo de Lisboa para a atribuição do nome a uma destas pequenas crias.
Dois dos nomes em votação, Zangezur e Talish, representam cadeias montanhosas na região do Cáucaso com extrema importância para a sobrevivência da espécie. Noah, o terceiro nome, homenageia um leopardo homónimo que entre 2004 e 2009 desempenhou um papel fundamental na consciencialização das populações e dos organismos ligados à proteção da vida selvagem naquela região.
As outras duas crias já têm nome
Para as restantes crias, os nomes foram selecionados pelo Jardim Zoológico e pela Mirpuri Foundation que escolheram Kiamaky, uma montanha da região onde em 2014 houve um dos primeiros registos de reprodução de leopardos; e Amirhossein-Khaleghi, um conservacionista Iraniano que dedica a sua vida à conservação da espécie.
A fragmentação do território, a caça para a obtenção de troféus e para o comércio ilegal de pele e ossos e a diminuição de recursos alimentares, são algumas das razões que levam ao rápido declínio da população de leopardos na natureza. Para além de todas as ameaças, os conflitos armados e a instabilidade política vivida na região dificultam os trabalhos de conservação e aumentam o risco de ameaça das espécies que aí habitam.
O Projeto que visa a recuperação destes animais no Cáucaso teve início em 2005 e para Aurel Heidelberg, coordenador dos projetos da WWF Alemanha no Cáucaso, "Hoje, mais de 10 anos depois do início do trabalho de conservação podemos dizer que temos tido particular sucesso em algumas zonas onde não havia evidência de leopardos residentes".
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